A belga Suzanne Hoylaerts, de 90 anos, abriu mão do respirador que seria necessário para mantê-la viva, pedindo aos médicos que utilizassem o aparelho em um paciente mais jovem. Ela estava internada em um hospital na cidade de Lubbeek, na região de Flandres, e morreu no último dia 21 em decorrência do novo coronavírus. De acordo com a filha da idosa, os sintomas da Covid-19 haviam começado duas semanas antes. Suzanne foi levada pela família ao médico quando ela começou a perder o apetite e a sentir falta de ar.
"Ela teve pneumonia e foi hospitalizada no ano passado", lembrou a mídia local "Het Laatste Nieuws".
Ao dar entrada na unidade de saúde, foi verificada que a saturação de oxigênio estava muito baixa. Em seguida, a idosa foi testada positivo para a Covid-19 e não pôde mais receber visitas da filha. No último encontro, Judith contou que a última mensagem que recebeu da mãe foi:
"Você não pode chorar. Você fez tudo o que pôde. Eu tive uma vida boa".
No dia seguinte à internação, a idosa morreu. Segundo os médicos, ela recusara o uso de um ventilador.
"Não quero usar respiração artificial. Guarde-a para pacientes mais jovens. Eu já tive uma vida boa", disse ela aos médicos.
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Judith lamentou o fato de não poder se despedir apropriadamente da mãe devido ao risco de comparecer ao enterro.
A Bélgica registrou 705 mortes provocadas pelo novo coronavírus, mas até agora nenhuma vítima tão jovem, segundo o balanço oficial. Até esta terça-feira, havia 12.775 casos confirmados.
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Redação iBahia
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