As Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) informaram hoje (2) que irão libertar os dois policiais e o soldado que vêm sendo mantidos reféns pelo grupo armado. No comunicado, a guerrilha pede que a organização não governamental (ONG) Colombianos pela Paz e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha no país sejam mediadores do processo de libertação. A Cruz Vermelha disse que já foi notificada do pedido, mas até agora não sabe o lugar nem a data de entrega das pessoas em poder das Farc. Os policiais Victor González Ramirez e Cristian Camilo Sanchez foram capturados pela guerrilha no dia 25 de janeiro, no Vale de Cauca, Noroeste do país. De acordo com a guerrilha, o soldado Menezes Josué Álvarez foi sequestrado há uma semana no departamento de Nariño, Sudoeste do país. Segundo as Farc, os “prisioneiros de guerra” estão em boas condições e “foram tratados com respeito e dignidade”. Esta semana, as negociações de paz viveram dias de tensão depois do sequestro dos dois policiais. O governo exigiu que a guerrilha libertasse os oficiais. As Farc, por sua vez, declararam “ter direito” de capturar militares no âmbito do combate. Após o sequestro dos policiais, as Farc perderam um dos líderes de uma de suas seis frentes. Nessa sexta-feira (1º), o Exército colombiano informou ter matado o líder máximo da Quinta Frente das Farc, Jacobo Arango. Ele foi morto após um bombardeio aéreo no departamento de Córdoba, no Caribe colombiano. A mesa de negociações vem cumprindo uma agenda semanal de conversações em Havana, capital cubana. Do lado do governo, o líder é o ex-vice-presidente do país Humberto de la Calle. A delegação das Farc é chefiada por Ivan Márquez, segundo homem do secretariado- geral do grupo armado. O tema em discussão atualmente é a reforma agrária, o primeiro dos cinco pontos da agenda definida para negociação entre as partes no ano passado.
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