O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na quarta-feira (10) que seu governo comandará ataques aéreos seletivos contra a milícia muçulmana extremista, autodenominada Estado Islâmico, que atua dentro dos territórios da Síria e do Iraque. No pronunciamento dirigido à nação e transmitido pelas emissoras de TV, rádio e pela internet, Obama disse que irá atacar o grupo e persegui-lo "onde quer que seja".
"Esta campanha de luta contra o terrorismo será feita em um esforço constante e implacável, utilizando nosso poder aéreo e nosso apoio das forças terrestres de nossos aliados", disse Obama. Ele reafirmou o que a Casa Branca já havia antecipado sobre a decisão de não enviar tropas terrestres, como em intervenções militares anteriores, da forma como aconteceu contra a Al Qaeda.
Obama disse que, desta vez, enviará somente cerca de 475 conselheiros militares para o Iraque e que eles não irão combater, mas sim prestar assistência, treinamento e monitoramento ao Exército iraquiano. "Não vamos envolver tropas de combate americanas na luta em solo estrangeiro", frisou.
O presidente destacou que a estratégia não representa uma "nova guerra no Iraque, três anos depois da retirada de tropas combatentes do território iraquiano”.
A operação aérea deverá ser semelhante à iniciada há um mês no Norte do Iraque, região com forte presença da milícia.
O presidente americano não revelou detalhes sobre a coalizão que pretende formar para "erradicar" o Estado Islâmico, chamado comumente por ele de "câncer". "Embora leve tempo, vamos deteriorar o Estado Islâmico até a última instância a fim de destrui-lo, utilizando uma estratégia global e integral", afirmou.
Com relação ao apoio do Congresso americano, o presidente disse que já tem apoio de Republicanos e Democratas. "Tenho autoridade para enfrentar o Estado Islâmico e agradeço o apoio bipartidarista para esta ofensiva", acrescentou.
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