O empresário Francisco Saénz Valiente, suspeito de feminicídio pela morte da baiana Emmily Rodrigues, que caiu de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, foi solto nesta quarta-feira (19). As informações foram passadas ao g1 Bahia pelo pai da brasileira, Aristides Rodrigues.
Ele afirmou que foi avisado pelo advogado e que a família irá recorrer da decisão. "Não concordamos com a decisão de que não há base para manter a prisão", disse ao g1.
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A decisão da justiça argentina pode ser considerada como sinal de que a versão da morte de Emmily Gomes por suicídio sob efeito de alucinógenos prevaleceu sobre a versão de feminicídio para encobrir uma tentativa de abuso sexual, sustentada pela acusação.
Sites argentinos noticiaram que a autópsia da jovem concluiu que ela consumiu uma droga conhecida como "cocaína rosa" no dia da queda. O advogado da família da baiana negou a informação ao g1. Segundo ele, os resultados dos exames toxicológicos e de alguns órgãos ainda não foram concluídos.
Testemunhas alegam que a a vítima teria tirado a própria roupa em função de uma hipertermia causada pelo consumo de drogas. Além disso, alegam que também não houve sexo entre a vítima e Francisco.
Essas informações vão de encontro com o que é defendido por Ignacio Trimarco, advogado da família da vítima. “Dentro do apartamento, foram encontrados dois preservativos usados cujo material genético será agora analisado para descartar que essa circunstância da morte de Emmily não esteja relacionada com abuso sexual”, indica Trimarco. Esse material está sendo analisado para averiguar se a causa da morte de Emmily não teve relação com abuso sexual.
Apesar disso, os depoimentos de testemunhas apontam para uma mesma direção: Emmily teve um surto psicótico, após misturar álcool, maconha, cocaína e cocaína rosa, uma droga sintética com efeito alucinógeno, e se tornou incontrolável.
As testemunhas são a cubana Dafne Santana, a argentina Lía Alves, além da brasileira Juliana Mourão, que a princípio afirmou às autoridades que não conhecia a vítima.
“As circunstâncias que rodeiam Juliana são, pelo menos, contraditórias. Supostamente é uma amiga que levou Emmily à casa desse empresário, mas quando a amiga dela, segundo o seu relato, teve um acidente e caiu no vão, ela não prestou socorro, sendo uma médica. A polícia a encontrou no hall do edifício, quando Juliana tentava fugir da cena”, relata Ignacio Trimarco.
Redação iBahia
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