Medo de perder a virgindade, dores nas primeiras relações sexuais e tensão pelo parto normal são sensações comuns na vida da maioria das mulheres. Mas, e já pensou ter a sensação de ser esfaqueada ao fazer sexo? Essa é a realidade da britânica Hanna Van Peer. Em entrevista à rede britânica BBC, ela contou como é ter vaginismo. A doença consiste na contração involuntária dos músculos (espasmo) ao redor do orifício da vagina, causando dor, dificuldade e até impossibilidade de continuar o sexo.
Esse problema pode ocorrer desde o início da vida sexual ou depois de um período de relações normal. O diagnóstico do vaginismo é realizado conforme o histórico do paciente, exame clínico e de imagem, se necessário, para eliminar suspeitas de algum problema orgânico.
“Meu corpo não me permite fazer sexo e, quando faço, é como se alguém estivesse me esfaqueando”, desabafou Hanna ao BBC.
De acordo com a ginecologista Cristiane Schneckenberg, autora do livro 'Um espelho para Vênus', esse distúrbio sexual deve ser tratado com acompanhamento de um ginecologista e um sexólogo. "A grande maioria dos casos têm origem psicológica, relacionada desde uma criação muito rígida à abusos e traumas".
Durante a entrevista à rede britânica BBC, Hanna contou que frequentava uma escola religiosa, onde foi ensinada que o sexo não deveria ser prazeroso para a mulher, que era uma fonte de dor, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.
“Sempre me falaram que perder a virgindade doeria muito; para mim, era como se fosse uma barreira intransponível. Minha sensação é como se enfiassem uma faca em mim e a torcessem. É realmente muito doloroso”, explicou Hanna.
Para tratar o distúrbio, é importante não ter insegurança e nem vergonha. Buscar o tratamento com profissionais e abrir o jogo com o (a) parceiro (a). Afinal, o sexo é para dar prazer a ambos, respeitando sempre um ao outro.
Em caso de contração involuntária da musculatura da pelve na relação sexual, dor durante a relação sexual, dificuldade de manipulação da região, baixa autoestima e ansiedade procure um especialista.
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Redação iBahia
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