Boston é uma daquelas cidades que, com apenas uma visita, já faz você se apaixonar. Se não fosse o rigoroso Inverno, a vontade que fica é de não sair mais de lá. A capital do Massachusetts agrada, inclusive, aos fiéis fãs da Europa – afinal, foi colonizada pelos ingleses e faz parte da chamada região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Não se espante se, ao passear pela Newbury Street, você achar que está no meio de Londres.
Caso chegue a Boston pelo aeroporto, uma boa opção para ir ao hotel é utilizar o transporte público. Partindo do Boston Logan International Airport, o ônibus é de graça. Há, inclusive, uma linha, a número 1 da Silver Line, que te deixa no centro, fazendo integração com o metrô. O bom desse ônibus é que há um espaço para colocar a mala. Ele para em algumas ruas da cidade e, em um determinado ponto, desce um túnel e chega na South Street: é lá que você desembarca, caso queira a ligação com o metrô.
O único porém dessa opção é que, em algumas estações, você terá que carregar a mala pelas escadas. Mas não se espante se alguém parar para te oferecer ajuda: o povo de Boston é muito receptivo, e essa situação pode se repetir algumas vezes, durante a estada.
Falando no metrô, ele é uma ótima locomoção pela cidade. É só procurar pelo ‘T’ para achá-lo. Nas estações, há sempre um mapa com as direções. Só é preciso ter em mente a linha que você quer pegar e o sentido dela – Inbound ou Outbound.
Seguindo os tijolosA Freedom Trail é marcada pelo chão da cidade, com vários tijolos vermelhos; as 16 paradas do caminho são indicadas com o brasão da trilha (Fotos: Giuliana Mancini/Acervo Pessoal) |
Uma das atrações mais famosas de Boston é a Freedom Trail: um caminho de 16 paradas que mostra o papel da cidade na revolução americana - que levou à independência dos Estados Unidos. O ponto de partida é o Boston Common, o parque público mais antigo do país, fundado em 1634. Lá, é só procurar o centro de visitantes. Caso queira, é possível fazer um tour guiado. Mas não é necessário: a Freedom Trail está marcada no chão da cidade. É só ir seguindo os tijolos vermelhos, no maior clima do Mágico de Oz.
Entre uma das primeiras paradas do percurso está um cemitério, o Granary Burying Ground, fundado em 1660. Nele estão enterrados alguns nomes famosos da história dos EUA, como Samuel Adams, John Hancock e Robert Treat Paine (três das 56 pessoas que assinaram a Declaração de Independência do país), além dos pais de Benjamin Franklin.
Atrás de um dos pontos da Freedom Trail, o Faneuil Hall, está o Quincy Market. Apesar de não ser uma das paradas oficiais do percurso, vale a pena uma passada por lá. É um mercado, com vários restaurantes e lanchonetes. E, do lado, há uma área de pedestres, com barraquinhas e lojas - como Victoria’s Secret e Urban Outfitters, por exemplo.
Paisagem de filmeO Boston Public Garden fica quase colado no Boston Common e tem uma vista de surpreender: são flores e fontes por todos os lados, além de um lago no meio do parque |
Antes de começar a Freedom Trail, no Boston Common, vale uma visita a outro parque, colado nele: o Boston Public Garden. Como o próprio nome já diz, é um jardim. A beleza é de surpreender, com muitas flores e fontes espalhadas por todos os cantos. Cerejeiras, tulipas, cisnes, patos, esquilos... A sensação é de estar no cenário de um filme. E não é à toa: lá é onde foram rodadas, por exemplo, cenas de Gênio Indomável, com Matt Damon e Robin Williams. Mas, cuidado: é proibido alimentar os animais.
Das ruas para o rioNão se espante se vir uns veículos um tanto quanto estranhos andando pelas ruas de Boston. É que, por lá, é famoso o Duck Tour, um passeio em carros anfíbios, inspirados em automóveis da Segunda Guerra Mundial. O tour passa pelas mais célebres áreas da cidade, incluindo vários pontos do Freedom Trail, a charmosa Newbury Street e o TD Garden (ginásio poliesportivo, casa do Boston Celtics, time de basquete da NBA, e do Boston Bruins, equipe de hockey da NHL).
No meio do passeio, o carro funciona como um barco quando cai nas águas do Charles River - mostrando outro ponto de vista da cidade. Só fique de olho: esse tour é bastante procurado pelos turistas e, na alta estação, precisa ser comprado com uma antecedência de, pelo menos, dois dias.
Para os fãs de lagostaO Lobster Roll é uma das opções de pratos do restaurante The Barking Crab, no Seaport District |
Se você gosta de frutos do mar mas não é fã dos restaurantes muito turistões, uma boa dica é almoçar no The Barking Crab, no Seaport District. São dois ambientes lá: uma área mais fechada, dentro de uma casa, e uma espécie de varandona, com várias mesas comunitárias embaixo de uma tenda. Com vista diretamente para o canal Fort Point, o forte do local é a lagosta.
São várias opções. Por exemplo, se quiser inteira, pode pedir assada, grelhada, aferventada... Dessas, o preço é dado no próprio dia, variando de acordo com o mercado. Uma outra boa pedida é o Lobster Roll, um sanduíche recheado de lagosta, que vem acompanhado de batata frita e uma saladinha (US$ 23). Mas há também pratos com salmão, atum, hambúrguer de carne, entre outros.
Vista do altoAssim como Nova York, Boston tem o seu observatório no topo de um arranha-céu. O Skywalk Observatory fica no alto do Prudential Tower, e dá uma vista com o ângulo de 360 graus da cidade. É possível subir em qualquer dia da semana, e o preço, para adultos, é de US$ 17. O prédio fica no complexo Prudential Center, que também abriga lojas e restaurantes - como 5 Napkin Burger e The Cheesecake Factory - no bairro de Back Bay. Lá, inclusive, é um dos pontos de venda e partida do Duck Tour.
Na casa dos Red SoxO tour pelo Fenway Park passa por vários cantos do estádio, como as cadeiras do topo do Green Monster |
Para os fãs dos esportes americanos, uma boa ideia é fazer o tour pelo Fenway Park, a casa do Boston Red Sox - um dos mais famosos times dos Estados Unidos, membro da Major League Baseball (MLB). O passeio custa US$ 18 e parte de hora em hora, a partir das 9h. Em dia de jogo, o último tour sai três horas antes da partida. Já quando não há disputas, vai até 17h.
Com duração de aproximadamente 45 minutos, o percurso te leva para vários cantos do estádio. Você pode ter uma vista privilegiada do local, ao sentar nas cadeiras em cima do famoso Green Monster - um muro de 11 metros. Além de passar pela cabine de imprensa e pelos assentos regulares do Fenway Park. Tudo, claro, com um guia, contando as mais famosas histórias de lá.
Como a da única cadeira vermelha no meio de várias verdes, em uma das áreas do lugar. É que ela simboliza até onde chegou uma bola lançada por Ted Williams, em um jogo em 1946. É, até hoje, o mais distante home run da casa dos Red Sox, com nada menos do que 153 metros.
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!