Pesquisadores italianos fizeram um estudo sobre o bocejo e descobriram o que muitas vezes percebemos na prática: ver uma pessoa bocejar nos leva a fazer o mesmo. Mas o trabalho mostra que esse “contágio” não acontece de qualquer um para qualquer um. Quanto mais próximas as pessoas, mais provável ele se torna. "Nossos resultados demonstram que o contágio do bocejo é dirigido primariamente pela proximidade emocional entre indivíduos e não por outras variáveis, tais como gênero e nacionalidade”, conclui o artigo assinado por Ivan Norscia, da Universidade de Pisa, e Elisabetta Palagi, do Instituto de Ciências e Tecnologias da Cognição, em Roma. O estudo trouxe a primeira evidência científica de que a transmissão do bocejo está ligada à empatia – conceito biológico que denomina a capacidade de compartilhar emoções. “Estranhos e conhecidos mostraram maior demora na resposta ao bocejo (período de latência), em comparação com amigos e parentes”, diz o texto. Os especialistas observaram 109 pessoas maiores de 16 anos, sendo 56 mulheres e 53 homens, vindas da Europa, da Ásia, da África e da América do Norte. Os períodos de observação variaram entre seis minutos e duas horas, e foram feitos ao longo de um ano. A cada bocejo, eles levaram em consideração várias características em relação ao bocejo que viria a seguir. Entre esses fatores, foram considerados o tempo de resposta, o laço social entre eles e o contexto em que o bocejo se deu. A pesquisa foi publicada na edição da última quarta-feira (7) da revista científica "PLoS One".
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