De olho nos bilhões em jogo, a BMW está acelerando os planos para obter expertise de tecnologia em uma corrida contra Apple e Google para fazer carros inteligentes o suficiente para reagir como motoristas humanos. A montadora alemã está tentando comprar start-ups, fazer parceria com empresas de tecnologia e contratar talentos para construir um cérebro eletrônico para veículos da nova geração, disse Klaus Fröhlich, chefe de desenvolvimento da companhia. "Há um jogo de poder acontecendo, com outras companhias comprando competências em software com toda velocidade", afirmou Fröhlich. "Nós definitivamente precisamos de parceiros nesta área e precisamos desenvolver nossos recursos também". O esforço da BMW mostra que a empresa está de olho na movimentação do dinheiro no setor automotivo. Em jogo estão bilhões de euros de lucro, enquanto o valor nessa indústria está indo gradualmente da fabricação dos carros para os táxis autônomos. Com isso, ela se prepara para um futuro no qual ganhos virão mais da oferta de transportes do que da venda de veículos. FOCO EM START-UPS Táxis-robôs vão representar 40% dos lucros da indústria automotiva em 2030, a maior fonte única de dinheiro, de acordo com a consultoria Roland Berger. A Uber reforça essa previsão. A companhia é avaliada em US$ 62,5 bilhões, valor superior aos US$ 51 bilhões da BMW, apesar da rede global de fábricas da montadora, que tem 122 mil funcionários em todo o mundo e construiu mais de 2 milhões de veículos em 2015. A cooperação da companhia alemã com empresas de tecnologia vai, provavelmente, se focar em start-ups. Um exemplo é a fatia minoritária BMW iVentures na RideCell, sua parceira para um serviço de agendamento de caronas. A BMW realizou outra aquisição de uma importante peça deste quebra cabeça no ano passado: a Here, unidade de mapas da Nokia, comprada em parceria com Audi e Daimler. As empresas compraram a Here por € 2,8 bilhões e agora procuram mais parceiros. De acordo com o executivo da BMW, novos membros entrarão no grupo de montadoras até o fim do ano. De acordo com Fröhlich, a unidade de mapas precisa de parceiros com habilidades analíticas e de computação na nuvem, enquanto outras companhias, incluindo as ligadas a eletrônicos e logística, seriam “muito bem vindas”.
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Redação iBahia
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