A baiana de acarajé Carolina Alves de Brito, dona do estabelecimento "Acarajé da Carol", em Lisboa, Portugal, denunciou ter sido vítima de intolerância religiosa onde mora e trabalha há 21 anos, desde que deixou Salvador.
Por meio do perfil no Instagram, ela compartilhou uma avaliação de um homem identificado como Ruan Victor, onde ele diz não recomendar o espaço por incentivar "magias malignas".
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“Não recomendo. Massa de acarajé mole e também o ambiente pesado com bonecos com tabaco na boca incentivando magias malignas”, diz o comentário dele na íntegra, publicado no Google.
Na publicação, Carol repudia a avaliação:"Pela primeira vez, em mais de mil avaliações no Google, fomos vítimas de intolerância religiosa, que é crime no Brasil e prevê pena de 2 a 5 anos de prisão, diferentemente daqui de Portugal, onde a atitude preconceituosa não é considerada crime".
Como não pode seguir na Justiça com o caso, ela resolveu expor o comentário e salientou que respeita todas as crenças, além de desabafar sobre o preconceito enfrentado no país.
"Fazemos questão de expor a mensagem e o seu autor pois respeitamos todas as crenças e exigimos esse mesmo respeito com a nossa, o Candomblé, religião afro-brasileira em que cultuamos divindades de origem africana, os orixás", disse.
"Os afro-brasileiros são discriminados, tratados com preconceito, para não dizer demonizados, por sermos de uma tradição africana/afrodescendente. Logo, afirmamos que o racismo é causa fundamental do preconceito ao candomblé e demais religiões afro-brasileiras", seguiu.
"Quem frequenta o Acarajé da Carol sabe bem que temos um ambiente repleto de axé, que é a energia e a força sagrada advinda dos orixás. Jamais deixaremos de reverenciar nossos ancestrais, pois essa é a nossa grande missão", completou Carol.
Veja a publicação:
Redação iBahia
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