O mais jovem dos três suspeitos pelo atentado terrorista que deixou 12 mortos em Paris se entregou à polícia no final da noite, segundo a agência de notícias AFP. Hamyd Mourad, 18 anos, que seria sem-teto, se entregou às autoridades - já é madrugada de quinta na França.
A polícia francesa faz uma grande operação em Reims para localizar os suspeitos. Além de Hamyd, são apontados como responsáveis pelo crime os irmãos Said Kouachi, 34 anos, e Cherif Kouachi, 32. Os irmãos são de Paris e Mourad é de Reims, região para onde teriam fugido depois do atentado à redação do jornal "Charlie Hebdo". Cherif já foi preso por ligação ao terrorismo, quando tentava deixar o país para se juntar a militantes no Iraque. Ele ficou 18 meses na prisão.
Foto: Reprodução |
A lista com os 12 mortos no atentado foi divulgada à noite. Os primeiros mortos a serem identificados foram quatro famosos cartunistas, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e também editor da revista, Georges Wolinski, Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous. Outros quatro funcionários do jornal também morreram: o também cartunista Phillippe Honoré, o vice editor Bernard Maris, um economista que escrevia colunas para a publicação, o revisor Mustapha Ourad e a psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal chamada “Divan”.
As outras vítimas fatais incluem o policial Franck Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua, durante a fuga dos atiradores. Um funcionário da Sodexo que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação, Michel Renaud, também morreram.
Luto nacional
O presidente francês, Francois Hollande, declarou quinta-feira como dia de luto nacional após o ataque que deixou 12 pessoas mortas na redação da revista satírica Charlie Hebdo. Em um discurso televisionado à nação, Hollande convocou os franceses a se unirem e defender a liberdade de expressão. Ele chamou os jornalistas de “nossos heróis de hoje”.
O ataque foi o mais mortal na França em décadas. O Charlie Hebdo tem publicado caricaturas de extremistas islâmicos e do profeta Maomé. Os atacantes estão foragidos e Hollande disse que a polícia francesa fará tudo para capturá-los. O país tem visto um aumento das tensões relacionadas a assuntos de religião. Hollande disse aos franceses: “vamos nos unir e nós vamos ganhar”.
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