A queda de cabelo é uma queixa frequente para muitas pessoas. Entretanto, torna-se um motivo de preocupação quando há uma mudança do padrão pré-existente, o que geralmente ocorre quando essa perda ultrapassa uma média de 100 fios por dia, e também quando é possível perceber perda de densidade, quando o cabelo começa a ficar vazio. Além de afetar a autoestima, o problema pode estar associado a problemas de saúde.
Segundo as dermatologistas Camila Sampaio Ribeiro e Fernanda Ventin, existem diferentes tipos de queda de cabelo: “algumas resultam em “falhas” já outras geram uma queda de padrão mais difuso que pode ser mais localizado na região occiptal, fronto-temporal ou em todo o couro cabeludo”. Além disso, algumas são secundárias a problemas sistêmicos, outras são devido a patologias primárias do couro cabeludo. “Cada queda de cabelo deve ser investigada cuidadosamente no consultório e tratada de uma forma diferente”, destacam as médicas.
Mas o que pode fazer o cabelo cair?
Uma das causas frequentes de queda de cabelo de padrão difuso é o eflúvio telógeno, explica Camila. “E uma das causas de eflúvio telógeno mais faladas ultimamente é a infecção prévia por COVID-19. Na verdade, qualquer infecção, cirurgia, estresse emocional ou pós parto pode levar a uma queda significativa após cerca de 3 meses do evento desencadeador”. Além disso, outras alterações sistêmicas podem estar associadas à queda de cabelo, por isso, uma investigação laboratorial é necessária para afastar esssas condições como: afecção na tireoide, anemia, deficiência de vitaminas, doenças autoimune, alterações hormonais, doenças reumatológica.
Outra causa de queda de cabelo difusa extremamente frequente é a alopecia androgenética. A nossa conhecida calvície! Fernanda destaca que essa tem uma predisposição genética importante. “Por isso, se você tem história familiar para calvície, inicie o tratamento precocemente. Hoje, dispomos de tratamentos muito efetivos que conseguem não só retardar a evolução da doença mas também resgatar aqueles fios que estavam adormecidos”, alerta.
Tem solução?
O tratamento varia de acordo com a causa da queda dos fios. Camila conta que, além dos tratamentos domiciliares de uso local e sistêmico, uma das alternativas mais novas para tratar calvície e eflúvio telógeno é a técnica conhecida como MMP Capilar – ou Microinfusão de Medicamentos no couro cabeludo. “Trata-se de um procedimento no qual aplicamos medicamentos diretamente no local onde ocorre a queda capilar, e assim estimulamos os folículos capilares para que os fios voltem a crescer de forma saudável”, explica. O tratamento também ajuda a melhorar o aspecto e a fortalecer fios quebradiços e finos.
Cada pessoa vai precisar de uma combinação específica de medicamentos, conforme suas necessidades, comenta Camila. “Podemos utilizar vitaminas, fatores de crescimento e medicamentos como minoxidil, (finasterida e dutasterida para obter os melhores resultados de acordo com o diagnóstico”. A infusão desses medicamentos é realizada por uma máquina com microagulhas com profundidade controlada, tornando a absorção mais rápida, uniforme, precisa e segura (diferente da aplicação manual com seringas que fazíamos antigamente). “As agulhas são imersas nos medicamentos estéreis, que são infiltrados no couro cabeludo e na pele, oferecendo uma ação muito mais eficaz. Além disso, a técnica de MMP pode ser aliada a outros tratamentos capilares para se obter resultados mais efetivos”, finaliza Fernanda.
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Redação iBahia
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