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MODA E BELEZA

Desfile coletivo Afro Fashion Day será realizado na próxima sexta

Evento acontece no dia da Consciência Negra e reúne 26 marcas com tema na cultura africana e baiana

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14/11/2015 às 19:33 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:29 - há XX semanas
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Na Bahia, a cultura africana tem um reflexo muito forte na moda e de um jeito tão múltiplo e rico quanto o vasto continente. Característica percebida na forma diversa de falar sobre essa ancestralidade em cada uma das 26 marcas que participam do desfile coletivo do Afro Fashion Day, na próxima sexta-feira, Dia da Consciência Negra.
Estarão presentes nomes como Goya Lopes, que iniciou seu trabalho em 1996 criando peças de identidade única, resultantes de muita pesquisa. “Vestidos, camisetas, batas, calças, cangas e aventais fazem parte da coleção Diáspora Africana no Brasil. São temas fortes e a composição da estampa transformada em arte traz uma personalidade que valoriza a linguagem mágica da roupa e do ambiente em que ela é inserida”, explica.

A liberdade de expressão surge nas peças da N Black. “Fazemos moda afro, elevando a autoestima, empoderando e dando sentido de pertencimento”, diz a estilista Najara Black (Foto: Fernanda Maia/Divulgação)

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As peças de Carol Barreto também são frutos de análises. Seu tema são as relações étnico-raciais e de gênero. “Crio roupas na tentativa de expressar visualidades que não estão disponíveis no mercado ou que contemplem a diversidade”, afirma. Ela cresceu em Santo Amaro da Purificação, cidade do Recôncavo Baiano onde a criatividade sempre esteve no centro das práticas cotidianas, e acredita que seu estilo pessoal reflete sua vivência e referências multiculturais. “Isso me dá autonomia para combinar as peças como eu quiser, usar tênis e sneakers em absolutamente todos os looks e ocasiões, junto com meus turbantes e óculos de sol enormes”, comemora.
O desfile também terá a presença da Afreeka, que vai mostrar uma linha que exalta a cultura hip hop e os antepassados negros. Um dos criadores da marca, Robson Véio afirma que seu público-alvo são jovens que buscam a liberdade, o conhecimento e mais igualdade. “Produzimos sentimentos reais, das ruas, representamos e somos representados. A moda nada mais é do que a verdade”, completa.

A baiana Afreeka vai mostrar peças que exaltam a cultura hip hop (Foto: Estúdio Mukuna/Divulgação)

A liberdade de expressão surge ainda nas peças da N Black, da estilista Najara Black, lançada há dez anos. “Fazemos moda afro para todos que se identificam como e com negros e afrodescendentes, elevando a autoestima, empoderando e dando sentido de pertencimento a essas pessoas”, diz. Criada há 12 anos pelo designer Alex Bispo, a Crioula é outra marca que reforça o orgulho de ser negro, combatendo o preconceito racial. “A Crioula valoriza os aspectos e particularidades da cultura negra, tão arraigada na história do povo baiano”, diz Bispo.
Afirmação Para a secretária de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado, Vera Lúcia Barbosa, eventos como o Afro Fashion Day reforçam o propósito de afirmação negra e são uma oportunidade de socialização, trocas de experiências e incentivo ao etnoempreendedorismo. “É mais uma forma de reconhecimento e desenvolvimento para avançarmos na promoção do povo negro. A Bahia é o lugar fora da África com maior população negra e temos, naturalmente, todas as suas influências e heranças. Somos este verdadeiro ‘Estado - África’ e não abrimos mão da nossa identidade”, avalia.
É no que acredita Ivete Alves do Sacramento, secretária Municipal da Reparação: “Este mês deve despertar uma consciência de todos os dias e iniciativas que valorizem a cultura negra devem ser valorizadas. Esta visibilidade faz com que as pessoas percebam a existência de uma cultura subjacente afro-brasileira em todas as manifestações culturais da Bahia e do Brasil”.

O designer Alex Bispo entre modelos usando sua marca, a Crioula (Foto: Estúdio Mukuna/Divulgação)

O Afro Fashion Day é uma realização do jornal CORREIO com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador, do Governo do Estado, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial da Bahia (Senac-BA) e do Hapvida. O evento será realizado na Praça da Cruz Caída (Centro Histórico), a partir das 15h, com oficinas de maquiagem e turbante e feira de manufaturas e gastronomia. O desfile será às 18h30 e terá acesso livre.
Correio24horas

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