Em 2020, o câncer de mama correspondeu a quase 30% das incidências de câncer em mulheres brasileira, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Além dos tratamentos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia, a manutenção da autoestima e o psicológico do paciente são importantes no enfrentamento da doença.
Um dos maiores medos de muitas mulheres que enfrentam a doença é a queda do cabelo, afetando diretamente a autoestima das pacientes. Katia Kraychete conta que, ao receber o diagnóstico de câncer de mama, perder os fios foi sua maior preocupação.
Ao saber da doença, Katia começou a pesquisar sobre o assunto e encontrou o tratamento que poderia eliminar a perda do cabelo: a crioterapia. Através do uso de uma touca, que é conectada a unidade de refrigeração, a cabelo da paciente é colocada cerca de 30 minutos antes e mantida em torno de uma hora e meia após a infusão das drogas, dependendo do protocolo adotado. O sistema resfria o couro cabeludo a uma temperatura em torno de 20°C. Com isso, diminui o fluxo sanguíneo nos folículos capilares e reduz a absorção dos fármacos na região.
"O resfriamento gerado pelas toucas capilares ligadas provou ser um meio eficaz de combate a alopecia (queda de cabelo) induzida pela quimioterapia e pode resultar em grande retenção ou até mesmo na preservação completa dos cabelos", explica a oncologista do NOB Oncoclínicas, Clarissa Mathias.
Para Katia, passar pelo tratamento contra o câncer de mama preservando quase que a totalidade do cabelo, elevou sua autoestima, o que, segundo ela, "foi fundamental".
Clarissa reforça que esse sentimento é o mais comum em mulheres que fazem uso da touca. "Elas se tornam mais seguras de si mesmo, mais confiantes e enfrentam o tratamento com uma maior naturalidade", conta.
Laser
Além da perda dos fios, existem outros efeitos colaterais no tratamento do câncer de mama. Alguns tipos de câncer de mama, por exemplo, são estrogênio dependentes e, por isso, o tratamento envolve bloquear esse hormônio, o que deixa a mulher em status de menopausa, com atrofia e ressecamento vaginal. E isso pode mexer com a autoestima da mulher, uma vez que o ressecamento causa dor e ardor na hora das relações sexuais.
Como a reposição hormonal é contraindicada para essas pacientes, o laser vaginal é uma opção não medicamentosa e não invasiva capaz de controlar os sintomas. Além de melhorar o ressecamento vaginal, o tratamento promove alívio da dor e do ardor durante a relação sexual; aumento da elasticidade da parede; normalização do PH vaginal com melhora das secreções; diminuição de infecção urinária de repetição e melhora de alguns casos de incontinência urinária e de disfunção sexual.
“O Outubro Rosa nos inspira a falar sobre o câncer de mama e a fazer o máximo que podemos para, juntas, ajudar aquelas que enfrentam essa luta a reconquistar o seu bem-estar e autoestima", destaca a ginecologista destaca Ana Cristina Batalha.
No mês de Outubro, a Emeg, clínica da qual a médica é sócia, a cada laser realizado na clínica no mês de outubro, um outro tratamento de laser foi doado para quem teve câncer de mama e não tem condições de arcar com os custos do procedimento.
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Redação iBahia
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