É comum que muitas mulheres relatem um esvaziamento do cabelo após a gravidez devido à queda dos fios. O problema também acomete pessoas que tiveram Covid-19. O problema é mais popular do que se pensa e para tratá-lo é preciso primeiro entender as causas. A dermatologista da Clínica Osmilto Brandão, Ísis Vasconcelos, explica por que isso acontece.
De acordo com ela, esse tipo de queda de cabelo recebe o nome de Eflúvio Telógeno e “pode ser ocasionado pela sobrecarga do organismo em diversas situações como parto, doença viral como a Covid-19, cirurgias, perda de um ente querido, mudança hormonal como início ou pausa de anticoncepcional, mudança de cidade, entre outras”, afirma.
A queda do cabelo pode acontecer em torno de três meses após a sobrecarga e atingir até 50% dos fios. “Isso ocorre em um período limitado. Após isso, a queda diminui e o cabelo volta a crescer”, explica Ísis. O tempo de duração da queda varia entre as pessoas.
Além dos mencionados, outros fatores podem ainda contribuir para agravar a queda de cabelo, são eles: uso de chapinhas, escova e secador quente; uso que químicas, tanto para alisar o fio quanto para pigmentar; amarrações e apliques que pesem nos fios; aumento da oleosidade do couro cabeludo; dietas restritivas sem auxílio de nutricionista; perda de peso; problemas emocionais; stress intenso e alterações nutricionais como anemia e deficiência de zinco.
Cuidados
Para reduzir a perda dos fios, ter uma alimentação de qualidade é essencial, segundo a dermatologista. “Alimentos que supram as necessidades de ácido fólico, zinco, ferro, vitamina D e outros nutrientes são muito importantes”, elenca. Além disso, deve-se evitar danos físicos como amarrar com força os fios e penteados que tracionem ou dificultem a mobilidade do couro cabeludo. A higiene adequada do couro cabeludo e hidratação dos fios também são imprescindíveis para evitar quebra pela desidratação e fragilidade.
Gestantes e puérperas
No caso específico das gestantes e puérperas, elas “devem estar atentas às necessidades nutricionais, função tireoidiana e stress”, comenta Ísis. Ter uma rede de apoio nesta fase, também pode ser fundamental para que a sobrecarga emocional não agrave situações esperadas como a queda de cabelo, por exemplo.
“Mesmo com todos os cuidados e assistência da rede de apoio, é esperado que o eflúvio telógeno ocorra entre 30 dias e 60 dias após o episódio, uma vez que as alterações hormonais, psicológicas, emocionais, físicas e nutricionais são inerentes deste período e causadoras do eflúvio telógeno pós gestacional”, explica a dermatologista.
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Redação iBahia
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