Muita diversão, comida típica à vontade e muito, muito forró do bom para ouvir e dançar. Assim chegou e partiu o São João. Em um fim de semana curto e intenso, famílias, casais e solteiros, tomaram o caminho da roça ou fizeram um “arraiá” na “capitá”.Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Camaçari, Ibicuí. Muitos foram os destinos para as festas, afinal, tem São João para todos os gostos. Tem forró pé de serra, forró eletrônico, sertanejo, e, até mesmo, axé e pagode. Estes dois últimos estilos não são tão característicos da festa, mas garantiram a diversão de muitos foliões.Entretanto, quem não quis ou não pôde deixar Salvador, não perdeu a chance de curtir um forrózinho. A programação do Pelourinho manteve a tradição do São João na cidade grande e os shows no Jardim de Alah foram boas opções para o soteropolitano. E foi na capital baiana, em grande estilo, que comecei meu São João.
Na noite de sexta-feira (22), tive a grande satisfação de ouvir, cantar e dançar bastante ao som de uma das mais notáveis referências do forró pé de serra: Trio Virgulino. Embalado pela sanfona de Enok Virgulino, pelo triângulo de Adelmo Nascimento e pela zabumba de Roberto Pinheiro (o Beto) dei o ponta pé inicial nos meus festejos juninos. Uma noite ímpar.Com a participação de alguns integrantes da banda O Circulo – cuja produtora (DaCultura) foi uma das responsáveis pelo evento – o Trio deu um verdadeiro show. O público, que misturava os seguidores das duas bandas, pôde aproveitar a noite com canções como “De Mala e Cuia”, “Preciso do Seu Sorriso”, “Alambique de Barro” e muitos outros sucessos. Foi assim que este forrozeiro, que por hora escreve essas linhas, deu boas vindas ao São João.
No dia seguinte, ou melhor dizendo, horas mais tarde, rumei para Arembepe (Litoral Norte) para curtir o “Arraiá da Xibança”. Ao contrário do que possam sugerir o nome e a localização, um legítimo "São João família". Na companhia de amigos e familiares, mesmo sem estar numa roça, a fogueira iluminou a noite, enquanto o som tocava Falamansa, Luiz Gonzaga, Meketréfe, Estakazero, Cangaia e uma infinidade de forrós para agradar jovens e “maduros”. Na mesa farta, bolo de milho, aipim, laranja, canjica, amendoim, licor de jenipapo, quentão. Estavam todas as delícias juninas a que tínhamos direito. Não faltou nada. Nem fogos, nem a quadrilha improvisada. E não faltou, sobretudo, a alegria da confraternização em família. Como se espera de todo São João, o que imperou em minha festança foi a alegria, a diversão e, claro, muito forró. Tudo isso adornado com todas as características que rezam a tradição: comidas típicas, bandeirolas, fogueira e muita animação. E o seu, caro leitor? Como foi seu São João? Convido-lhe a compartilhar conosco como curtiu o seu arrasta-pé.Que venha agora o São Pedro!Sobre Tiago Cardoso: Apaixonado por música. Publicitário graduado, administrador em formação e produtor por opção, nos últimos anos, reforçou sua paixão pelo forró. Hoje se vê cada vez mais envolvido sendo, atualmente, um entusiasta na divulgação e difusão dessa festa-dança-gênero musical. Leia mais textos da coluna especial de São João:Coluna Especial: São João, a consagração do forróTrio Nordestino - a Bahia e a tradição do forróO forró e a mistura musical brasileira Luiz Gonzaga, do pé da serra para a Guanabara “Sou do Nordeste“dá o pontapé no Mapas Juninos
O Pelourinho foi, mais uma vez, local de diversão junina para milhares de soterpolitanos |
A festa do Arraiá da Xibança aconteceu em Arembepe |
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