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“A Bahia está na moda em todos os sentidos”, diz Durval Lelys

O cantor do Asa de Águia, Léo Macêdo (Estakazero) e Danniel Vieira estiveram presentes no lançamento do Forró do Piu-Piu, na manhã desta terça (12)

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12/06/2012 às 12:52 • Atualizada em 06/09/2022 às 14:37 - há XX semanas
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16 anos atrás, um grupo de amigos começou a organizar uma festa para levar colegas de Salvador para curtir o São João de Amargosa. De lá pra cá, a comemoração cresceu, tornou-se referência em produção de eventos juninos no estado e movimenta a economia da cidade e entorno. O empreendimento de sucesso é o Forró do Piu-Piu que, neste ano, terá uma novidade na programação. A Trivela, do Asa de Águia, estreia na grade de atrações, que também conta com apresentações de Gusttavo Lima, Estakazero e Danniel Vieira, dia 23 de junho, a partir das 13h30, na Fazenda Colibri, em Amargosa (a cerca de 250km da capital baiana). O lançamento da festa foi realizada na manhã desta terça-feira, 12, no Ateliê da Perini, na Pituba.Durante a coletiva de imprensa, Durval Lelys anunciou que ia falar muito e cumpriu. O cantor, compositor e animador de multidões contou a história que entrelaça o Piu-Piu com o Asa de Águia e o projeto Trivela, falou de sua relação com a sanfona e refletiu sobre a indústria de entrentenimento atual baiana.
Os artistas Léo Macêdo, Durval Lelys e Danniel Vieira, além do empresário Diego Lomanto, apresentam as novidades do Forró do Piu-Piu deste ano, que será realizado na Fazenda Colibri, dia 23 de junho

Pelo 12º ano, o Asa de Águia faz parte da festa. Mas o show intinerante Trivela, será realizado sobre um mini-trio, de 7mx3m, onde o grupo pretende tocar canções da carreira e incluir forró no repertório. Algumas músicas terão nova roupagem com sanfona. "Vai ser na pegada do forró", explica. Quanto as suas conhecidas e irreverentes fantasias, Durval ainda está pensando em algo especial para a festa. "Quem sabe um Durvalino pé-de-serra?".

“A Bahia está na moda em todos os sentidos”, disse Durval, reconhecendo que além do axé music e do pagode, a o estado também exporta música sertaneja. É que vários hits do gênero são composições de baianos. “Eles (os sertanejos) vêm aqui e absorvem nosso trabalho”. Para ele, Osmar (o criador do trio elétrio) deve estar feliz por sua invenção ter se popularizado entre tantos segmentos musicais diferentes.

Antenado no que rola na indústria do entretenimento, Durval confessou um desejo: “Porque não trabalhar com sanfona? Seria oportunismo? Talvez, mas sou músico”. Declarando um desejo de evoluir na música, o inquieto artista confessou, entretanto, que considera o instrumento muito difícil de tocar e, por isso, faz parcerias com sanfoneiros como Targino Gondim, que o inspira e o aconselha. “Quem sabe um dia? Seria ótimo aprender”, diz. Para eles, as micaretas de axé estão em baixa no mercado, mas a mistura de ritmos não. Por isso, o Piu-Piu, com sertanejo, axé e forró, tem tudo para dar certo.

Apesar de citar a importância em direcionar receitas da festas realizadas neste período para cidades que estejam sofrendo com a seca, Durval ainda não sabe se parte da renda do Piu-Piu poderá ajudar na minimização do problema. A questão ainda está em avaliação, de acordo com ele. No Carnaval, porém, ele comenta, parte das vendas dos abadás é chamada de “cortesia solidária” e têm o lucro destinado para ajuda filantrópica.

Artistas declarados fãsLéo Macêdo, vocalista da banda Estakazero, diz que é neto de Amargosa. "Meu avô é de lá, tenho família na cidade e ainda fomos escolhidos banda revelação no São João de 1997". Ou seja, o município é mesmo especial para o artista que, desde então, não parou de tocar nos festejos juninos por lá, seja a frente da Colher de Pau, por seis anos, ou no comando da Estakazero, desde 2001. "Comprava ingresso, curti uns oito anos e hoje agradeço o convite de tocar na festa", orgulha-se o cantor Danniel Vieira. Ele, que conhece bem o clima da festa, garante: "sei bem o que tocar por lá". O clima bucólico do lugar vai nortear também shows de trios de forró e bandas de sopro. A decoração do ambiente será feita pela população local, segundo DiegoLomanto, empresário e dono da Fazenda Colibri. Nos dias normais, um estabulo em que vacas, cabras, galinhas e carneiros são criadas. Há um mês do São João, o espaço muda e dá lugar ao evento que, em 2012, terá capacidade para cinco mil pessoas, público menor que nas edições anteriores. "Queremos dar espaço para o trio de Durval circular mantendo o conforto de todos", justifica Lomanto.

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