Quando Luiz Caldas lançou o disco 'Magia' em 1985, o baiano de Feira de Santana estava indo além. Junto com o álbum, o axé music também surgia, dando a Luiz o título de pai do novo movimento musical.
A canção "Fricote", que virou single do disco, virou marco zero do axé. A partir desse momento, Luiz Caldas crava definitivamente seu nome na história do Carnaval de Salvador.
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Na década de 80, Luiz inventa o ritmo que misturava o pop com reggae, toques caribenhos, ijexá, frevo e samba, presentes num ritmo que ganhou o apelido de "Deboche" (o chamado "Fricote") e que evoluiu para outros tantos ritmos lançados no carnaval baiano, consolidando-se, enfim, no axé music.
Há quem diga que a criação do termo foi do jornalista Hagamenon Brito, que escrevia no A Tarde em 1987, e outros que dão o crédito a um radialista que atuava em uma emissora paulista. A expressão depois foi replicada na imprensa, passando a ser creditada a Hagamenon.
O axé é entendido como uma música híbrida, associada frequentemente a uma coreografia e em que é possível fundir diversos estilos. Em geral, as letras são simples, de fácil assimilação, sendo que o ritmo ganha o reforço dos refrões que atuam como caixa de ressonância da letra.
Antes de "Fricote", Caldas tinha feito outras músicas do estilo, mas elas não tiveram repercussão nacional. Já em 1987, foi acrescentado o “music” depois do Axé para representar a universalidade do ritmo. Nessa época, diversos artistas de Axé Music começaram a fazer sucesso, como Gerônimo, Banda Mel, Olodum, Chiclete com Banana, Araketu, Banda Eva e Timbalada.
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Redação iBahia
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