Diante de uma realidade tecnológica, onde as redes sociais estão cada vez mais presentes na rotina, será que a literatura foi deixada de lado e é considerada uma coisa chata? Os escritores Thalita Rebouças e Saulo Dourado, convidados da terceira mesa do Festival Internacional Literário de Cachoeira (Flica), mostraram que não.
A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) é uma apresentação do Governo do Estado da Bahia, realização da Icontent e Cali, patrocínio da Coelba via Fazcultura e Governo do Estado, apoio institucional da Rede Bahia e apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira.
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Durante o debate, intitulado “A Literatura Não Precisa Ser Essa Coisa Chata”, os autores, que possuem obras voltadas para o público infanto-juvenil, falaram sobre o processo criativo, o lugar da literatura na vida dos jovens. Além disso, eles divertiram o público com histórias engraçadas que permeiam a vida de quem escreve.
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“Muita gente cresceu comigo, aprendeu a ler e a gostar de ler com os meus livros e esse é o maior prêmio que eu tenho. Não existe livro chato, existe um livro que você não se identifica e eu acredito que os adolescentes gostam de ler sim”, pontuou Thalita Rebouças sobre a formação de novos leitores.
Quanto ao processo criativo, o baiano Saulo Dourado explicou que, mesmo quando se escreve para o público infantil, você pode atingir qualquer outro tipo de leitor. “Os livros infantis são sobre grandes emoções humanas e transmitem a realidade. No fim das contas, a gente escreve pensado que é para criança, mas é que ela que nos toma por completo”, definiu.
Leitores desde pequenos
A enorme fila que se forma, após a realização da mesa, para pegar autógrafos com os autores estava repleta de leitores que acompanham as obras de Thalita Rebouças desde pequenas. Uma delas é a professora Larissa Bahia, que hoje tem 27 anos, mas começou a ler a escritora carioca quando era adolescente, com 14 anos.
“Ela faz muito sucesso, porque tem uma linguagem fácil, acessível, que conversa com todos os públicos. Ela não tem uma hierarquia na escrita, é tudo de igual para igual”, disse.
Já a estudante Cecília Santos, de 19 anos, que veio da cidade de Amélia Rodrigues (BA) para curtir a Flica, foi apresentada ao livro ‘Fala Sério, Mãe’, de Thalita Rebouças, em um evento da escola, quando tinha apenas 11 anos.
“Depois que li esse primeiro livro, não parei mais. Gosto dos textos dela porque ela aborda temas que são do universo dos adolescentes”, disse a jovem que veio para a cidade Cachoeira também para aproveitar os outros dias da Flica.
Vídeo - Mesa 3 - 'A Literatura Não Precisa Ser Essa Coisa Chata'
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Redação iBahia
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