O ano era 2011, surgia, até então, a primeira e única festa literária da Bahia, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Cá estamos em 2019 e a mesma embarca na sua nona edição de histórias, autores e influências, que geraram o surgimento de outras festas literárias pelo estado.
Nessas nove edições, a Flica, trouxe temáticas ligadas à literatura, história, política, sociedade, entretenimento e educação. Criou espaços exclusivos para os pequenos, como a Fliquinha e agora surge com um lugar especial para os jovens, a Geração Flica.
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Com tantas novidades, a pioneira influenciou outras feiras pelo território do axé, como a Fligê, que acontece em Mucugê, e a Flipelô que agita o Centro Histórico de Salvador.
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Para o coordenador geral da Flica, Emmanuel Mirdad, esse movimento é positivo para o estado, uma vez que a literatura ganha mais espaço a cada novo projeto.
“Surgimos exatamente pela carência de não se ter na Bahia um tipo de evento modelo 'festa literária", que prioriza o contato com o autor e a vivência da cidade em todas as suas aptidões, então esse evento que pudesse unir o tripé cultural, educação e turismo”
“Nós da Flica encaramos com muita felicidade termos sido os pioneiros desse modelo aqui na Bahia e esperamos que essas festas literárias cresçam cada vez mais e que a gente realmente possa ser um estado com vivência literária e com valorização da literatura, esse é o nosso principal papel”, explicou.
E como sempre, as novidades desta nona edição da Flica, buscam aproximar o público da literatura, com novas temáticas nas mesas de debate, além da representatividade e da estreia da Geração Flica.
“Esta edição traz três mesas com temas, até então, inéditos na programação oficial da Flica. Pela primeira vez, teremos debates sobre quadrinhos, cordel e uma mesa com temática Lgbtqi+. No âmbito geral da festa, a grande novidade é a estreia da Geração Flica, com curadoria de Bárbara Sá”, revelou Katia Borges, curadora da Flica.
Em torno dos quatro dias de Festa Literária, o público consegue trocar experiências com os autores, um movimento que transcende as feiras, que tem como objetivo a divulgação e venda de livros.
“A Flica apresenta a possibilidade de que em quatro dias se tenham reunidos o pensamento literário, cultural e histórico em uma cidade importante como Cachoeira. Nesses debates a gente promove a difusão do conhecimento, para que possamos refletir sobre a situação do nosso país. Ter um evento cultural do porte da Flica, inteiramente gratuito, nessa época que o conhecimento é tão questionado e tão desvalorizado, é um momento de celebração da arte literária e do pensamento”, disse Emmanuel Mirdad.
“Penso que eventos como a Flica têm um papel fundamental na formação de leitores e na renovação do campo literário, ao pôr em relevo a produção dos autores. A Flica mostrou que é possível celebrar a literatura e que há espaço e receptividade. Esse é um legado importante e que vem se reafirmando a cada ano”, explicou a curadora.
*Sob supervisão e orientação da repórter Isadora Sodré
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Redação iBahia
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