Paula Pimenta é uma escritora de livros cor de rosa, como ela própria se auto-define. Autora de duas séries juvenis, 'Fazendo meu filme' e 'Minha vida fora de série' e com mais de 500 mil livros vendidos,
a escritora mineira está em Salvador para lançar o seu primeiro livro pela editora Record: 'A Princesa Adormecida', releitura do clássico infantil para o público adolescente. Em entrevista ao
iBahia, Paula falou sobre o novo trabalho, sobre o seu processo criativo e a relação que mantém com as fãs.
iBahia - Qual a principal diferença entre 'A Princesa Adormecida' e os seus livros anteriores?
Paula Pimenta - A diferença básica é que é uma releitura e não um livro original. Nas minhas outras séries eu inventei o enredo. Nesse, apesar de ter criado muita coisa, tive que seguir uma linha que já existia, pois a proposta era exatamente passar a história da Bela Adormecida para os dias atuais.
iBahia - Por que decidiu escrever sobre o universo adolescente?
Paula - Na verdade não foi planejado. Quando escrevi o meu primeiro romance (Fazendo meu filme), eu pensava que as minhas amigas é que iriam gostar, relembrando a nossa adolescência. Mas acabei descobrindo que a adolescência é uma fase parecida em qualquer geração, pois escrevi me baseando na minha e atingi as garotas de hoje. A adolescência foi uma fase muito marcante da minha vida, e eu adoro escrever sobre isso, pois é uma forma de reviver tudo através dos meus personagens.
iBahia - Você ainda se assusta com a repercussão do seu trabalho?
Paula - Não me assusto porque fui me acostumando aos poucos, a cada livro lançado o meu número de leitores foi crescendo. Mas às vezes quando vejo tanta gente lendo meus livros, ou quando eles (os livros) entram nas listas de mais vendidos, eu paro e penso: “Isso realmente está acontecendo comigo?”. Porque é muito mais que eu tinha sonhado!
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iBahia - Como é a sua relação com os fãs?
Paula - Minha relação com os leitores é muito boa. Estou sempre nas redes sociais fazendo contato com eles. Através dessa interação eu descubro o que os adolescentes de hoje estão ouvindo, fazendo, vestindo... Os sentimentos da adolescência são os mesmos, mas os hábitos mudam de geração pra geração. Acompanhando de perto meus leitores eu posso usar as memórias da minha própria época de adolescente, mas situando as histórias nos dias atuais.
iBahia - Qual o material que você utiliza para compor as histórias? Costuma observar o universo dos seus leitores?
Paula - Eu uso meus próprios diários e lembranças da época da adolescência, mas tento transpor os acontecimentos para os dias atuais. Como atualmente eu praticamente vivo nesse universo adolescente, acabo ouvindo as músicas que eles ouvem, lendo os livros que eles leem, vendo os filmes que eles assistem... Então o processo acaba sendo natural.
iBahia - Como é o seu processo criativo e a sua rotina de trabalho?
Paula - Quando estou em processo de escrita, passo o dia inteiro escrevendo. Geralmente fico meio “ilhada” por três meses escrevendo um livro. E então vem o lançamento e a rotina muda, pois mal paro em casa. Viajo pelo Brasil inteiro para divulgar o livro novo.
iBahia - Quais são as suas influências literárias? Tem algum livro ou autor que mais a marcou?
Paula - Eu leio de tudo, mas minhas autoras preferidas são a Meg Cabot e a Martha Medeiros. Já li tudo que elas publicaram e com certeza as duas são minha maior influência.
*Com supervisão de Márcia Luz.