O público que acompanha a Flica passou a ganhar nesta nona edição de Festa literária um espaço com autores que conversam com o público jovem.
A Geração Flica, com curadoria e mediação de Bárbara Sá, abriu o evento com chave de ouro nesta quinta-feira (24), e trouxe nomes como Edgard Abbehusen, Pam Gonçalves e Clara Alves para falar de assuntos que vão de redes sociais à inspirações da vida.
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Literatura de Instagram
Na primeira mesa do dia, o autor Edgard Abbehusen falou sobre literatura e redes sociais. O muritibano que possui mais de 700 mil seguidores em sua conta no Instagram, começou a carreira como escritor ao escrever pequenos contos e textos na rede social, o que rapidamente viralizou.
Abbehusen que possui dois livros publicados, após o sucesso na internet, falou sobre o processo de escrita.
“O meu primeiro livro foi escrito no susto. Foi um processo bem legal pq tem conto, tem poema, tem crônicas, brinquei com minha própria capacidade de escrever. Foram contos baseados em histórias reais e as cônicas também foram muito bem aceitas”, explicou.
O autor ainda falou sobre o sentimento de pertencimento ao Recôncavo baiano e a importância da Flica em sua carreira.
“Eu preciso mais de Muritiba do que o contrário, é a cidade que me deu base e que me deu referência. É onde tenho minhas raizes, de onde a gente vem é poesia. E baseado nisso, preciso dizer que a Flica foi um divisor de águas na minha carreira”, pontuou.
Realidade Brasileira
Na segunda mesa do dia, a autora Pam Gonçalves, mediada por Barbara Sá, contou um pouco sobre como começou o processo da escrita de livros.
“Foi como um desafio, não foi como um sonho mas isso que é a prova de que todo mundo pode ser escritor, todo mundo tem história pra contar”, disse.
Pam, ainda conta que em seu primeiro livro, “Boa Noite”, lançado em 2016, ela procurou trazer referências brasileiras, já que não encontrava facilmente.
“Eu sempre senti a dificuldade em ver a realidade brasileira nos livros nacionais. Como seria ser um adolescente aqui no Brasil? Eu precisei falar sobre pessoais reais, dizer que elas não estavam sozinhas e mostrar essa realidade que é completamente diferente das faculdades de fora, por exemplo. A gente precisa falar sobre assédio, como em “boa noite”, afinal os casos demoram muito pra chegar na mídia, isso quando chegam”, pontuou.
Videogames e livros
Na terceira e última mesa, a jornalista e autora de “Conectados”, falou sobre video games e representatividade feminina.
Clara Alves contou que apesar de não ser uma gamer, acompanhou a realidade de amigas e conhecidas, que chegavam a entrar em plataformas de jogos online com perfis falsos, para não sofrerem ataques de machismo na web.
A história do seu livro, lançado este ano, toma forma a partir desse ponto de vista.
* Sob supervisão e orientação do editor-chefe Rafael Sena
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Redação iBahia
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