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LITERATURA

Nairzinha fala ao iBahia sobre o Folclore na formação da criança

Folclorista foi destaque na 'Fliquinha', programação infantil da Flica

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27/10/2013 às 22:15 • Atualizada em 28/08/2022 às 0:03 - há XX semanas
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Após o bate-papo, Nairzinha atente os fãs
Destaque na estreante programação infantil da Flica, a 'Fliquinha', a professora Nairzinha é uma das mais importantes pesquisadoras na área do Folclore infantil brasileiro. Idealizadora do 'Programa Cirandando Brasil', educa mais de 300 crianças da comunidade popular e capacita professores na Bahia e no Brasil a utilizar a brincadeira brasileira como estratégia didática. Veja também: Pepetela e Makota Valdina encerram a Flica com debate político Em rápido bate-papo com o iBahia, Nairzinha falou um pouco sobre o seu trabalho e sobre a importância do Folclore na formação humanística das crianças. iBahia - Qual a importância em apresentar o Folclore para as crianças, em uma época em que as tradições populares são cada vez menos valorizadas? Nairzinha - O Folclore é a construção do povo, a crônica da vida. Estamos tratando de crianças brasileiras e o Folclore brasileiro é a crônica da vida de nosso povo. Então não pode sair das escolas, porque é uma brincadeira tradicional, inclusiva, que prioriza a brincadeira coletiva e promovem o respeito. iBahia - De que forma essa tradição contribui para a formação humanística da criança? Nairzinha - Contribui no momento em que tira a criança do isolamento e a traz para a roda, num espaço em que todos estão na mesma posição, são iguais, todos contribuem com o que trazem das suas famílias, das suas origens. Enfim, desenvolve a sociabilidade. iBahia - O Folclore precisa estar mais presente no ambiente escolar nos dias de hoje? Nairzinha - A escola precisa trazer mais das brincadeiras tradicionais, respeitando esse conteúdo como um conteúdo de altíssimo impacto e que desenvolve nas crianças a atenção, a memória, a habilidade social de brincar em grupo, e sobretudo a brasilidade, porque trazem conteúdos indígenas, portugueses e africanos que formam a nossa identidade cultural. iBahia - Então tudo isso é uma forma de autoconhecimento? Nairzinha - Com certeza. E de um autoconhecimento muito benfazejo, porque a criança é introduzida na identidade cultural pela forma livre e prazerosa de brincar em roda dos índios, pelo pensamento organizado e a música do século XVI dos portugueses e o ritmo e a dança do negro. Então a história do Brasil é contada pela brincadeira.

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