Pouco mais de um mês depois, em 28 de janeiro do ano seguinte, aconteceria a última sessão preparatória, já para instituir a academia. Dessa vez, estavam lá reunidos grandes nomes, como: Araripe Júnior, Artur Azevedo, Graça Aranha, Guimarães Passos, Inglês de Sousa, Joaquim Nabuco, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, Machado de Assis, Medeiros e Albuquerque, Olavo Bilac, Pedro Rabelo, Rodrigo Otávio, Silva Ramos, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay, além de Coelho Neto, Filinto de Almeida, José do Patrocínio, Luís Murat e Valentim Magalhães, Afonso Celso Júnior, Alberto de Oliveira, Alcindo Guanabara, Carlos de Laet, Garcia Redondo, Pereira da Silva, Rui Barbosa, Sílvio Romero e Urbano Duarte.
Mas tal qual o modelo francês, a academia precisava de 40 nomes. Assim também foram eleitos para ocupar cadeiras: Aluísio Azevedo, Barão de Loreto, Clóvis Beviláqua, Domício da Gama, Eduardo Prado, Luís Guimarães Júnior, Magalhães de Azeredo, Oliveira Lima, Raimundo Correia e Salvador de Mendonça.
Com a morte de Ivan Junqueira, João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna, três cadeiras estão vagas na Academia Brasileira de Letras (32, 34 e 37). De acordo com o estatuto da casa, os candidatos a imortal devem ser brasileiros e terem publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de mérito literário reconhecido. A ABL possui 40 membros efetivos e perpétuos. Os acadêmicos são escolhidos por meio de eleição por escrutínio secreto. No caso de falecimento do acadêmico, a cadeira é declarada vaga na 'Sessão de Saudade'. Só a partir daí são aceitas as novas candidaturas, através de carta enviada ao presidente. A eleição acontece três meses após o anúncio da vaga. A data de posse é sempre marcada em comum acordo entre o novo acadêmico e o acadêmico veterano, que fica responsável por receber o novo membro e fazer discurso de boas-vindas. Na ocasião, o escritor eleito usa o fardão, oferecido pelo Governo do seu Estado de origem.
Academia de Letras da Bahia
Fundada em 7 de março de 1917, a casa dos escritores baianos, na qual João Ubaldo Ribeiro ocupou a cadeira 9 (por hora vaga), também segue os moldes da Académie Française e da Academia Brasileira de Letras. São 40 cadeiras numeradas, cada uma com o respectivo patrono permanente e imutável. A criação foi uma causa do engenheiro Arlindo Fragoso, natural de Santo Amaro da Purificação, que também fundou o Instituto Politécnico e a Escola Politécnica da Bahia.
A data de fundação foi uma homenagem à Academia Brasílica dos Esquecidos, primeira academia de letras do Brasil, instituída na Bahia em 7 de março de 1724. Entre os objetivos da instituição, está “o cultivo da língua e da literatura nacionais, a preservação da memória cultural baiana e o amparo e estímulo às manifestações da mesma natureza, inclusive nas áreas das ciências e das artes” (Art. 1º do Estatuto), tendo ainda como lema “Servir à Pátria honrando as letras”.
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