Descobertos poemas inéditos de Pablo Neruda

Mais de 20 poemas inéditos do chileno Pablo Neruda (1904-1973) foram encontrados no Chile, seu país natal, anunciou a editora espanhola Seix Barral. Os textos foram descobertos em caixas com manuscritos do poeta ganhador do Prêmio Nobel durante uma revisão dos arquivos dele feita pela Fundação Pablo Neruda. A Seix Barral afirma que publicará as poesias até o fim do ano na América Latina e no começo de 2015 na Espanha. Trata-se da descoberta sobre a obra de Neruda mais importante já feita. A maioria dos poemas fala de amor. A descoberta poética revela um Neruda na maturidade, uma vez que foram escritos nos anos 50 e 60. Os versos inéditos jogam mais luzes sobre o mundo de Neruda. A descoberta é uma grande notícia, por tratar-se de um dos autores mais importantes da poesia ocidental. “Neruda é um dos poetas que foram mais longe, ao seguir o caminho aberto por Rimbaud no século XIX, ao servir-se das coisas lógicas da linguagem, além da fonética e dos campos semânticos”, firma Pere Gimferrer, poeta e editor da Seix Barral. Veja também: Turistas são presenças marcantes na 1ª noite do São João do Pelô Primeira noite de São João no Pelourinho terá Elba Ramalho Confira as opções de diversão para quem não vai viajar no São João Para ele, a revisão dos arquivos feita pela Fundação Pablo Neruda, sob a coordenação do diretor da biblioteca da Fundação Darío Oses, provou que alguns poemas de extraordinária qualidade não haviam sido incluídos nas obras correspondentes a cada caixa de manuscritos. Ela coincide como aniversário de 110 anos de Neruda, comemorado no dia 12 de julho, e com os 90 anos da publicação de Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada. “(Os poemas têm) o poder imaginativo, a transbordante plenitude expressiva e o mesmo dom, a paixão erótica ou amorosa. É o mesmo Neruda de Odes Elementares, A Barcarola e Memorial da Ilha Negra, ou ainda de Estravagarios, Navegações e Regressos”, diz o editor. Segundo a Seix Barral, a certificação da autoria dos textos “converte os poemas na maior descoberta das letras hispânicas dos últimos anos, um acontecimento literário de importância universal”. Antes da nova descoberta, só dois trabalhos inéditos de Neruda haviam vindo à tona: O Rio Invisível (1980) e Cadernos de Temuco (1996).