Um garoto de 4 anos morreu nesta terça-feira (23), após ter sido supostamente espancado pela mãe e pelo padrasto na cidade de Alcobaça, no extremo sul da Bahia. A morte cerebral de Henry Miguel Langkamer Trindade foi confirmada pelo pai da criança, após seis dias de internamento.
Henry foi hospitalizado na semana passada. Segundo informações da Polícia Civil, a mãe Maria Vitória Oliveira Langkamer e o padrasto, Murilo Juan Nogueira de Sena, ambos de 23 anos, foram presos em flagrante na última quarta (17), após levarem a criança desacordada para o Hospital São Bernardo, em Alcobaça.
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Com base no laudo médico, eles foram autuados por lesão corporal dolosa e grave, com risco de morte. Foram os funcionários da unidade de saúde que solicitaram apoio policial, após Henry dar entrada convulsionando. O corpo da criança tinha hematomas e fraturas no crânio. Além disso, a boca de Henry sangrava.
Após o primeiro atendimento, o quadro de saúde da criança se agravou e ela precisou ser transferida para o Hospital Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, onde permaneceu internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Criança de 4 anos sofria de condição neurológica
O Conselho Tutelar já tinha sido notificado de maus-tratos quatro meses antes da morte de Henry, quando ele teve os tornozelos fraturados. Informações revelaram que o padrasto agredia a criança frequentemente, com a conivência da mãe. O caso ainda segue em investigação. No momento, a mãe e o padrasto seguem custodiados e devem ser indiciados por homicídio.
Cabe ainda salientar que o garoto sofria da síndrome de West, uma condição neurológica rara que dificultava a locomoção e fala.
Alcobaça em luto
A cidade de Alcobaça amanheceu de luto. A Escola Municipal Eugênia Viana Rodrigues, onde a criança estudava, emitiu uma nota de pesar e interrompeu as atividades em respeito a situação.
A unidade ainda disponibilizou a quadra da instituição para realização do velório do corpo da criança. O Conselho Tutelar da cidade informou que não poderia passar qualquer informação sobre o caso, salientando que as medidas judiciais cabíveis serão tomadas.
Redação iBahia
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