Um professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) foi citado pela 5ª vez consecutiva na lista dos pesquisadores mais influentes do mundo. O ranking é elaborado por pesquisadores da Stanford University (Califórnia).
Diferente de outros métodos que se concentram na quantidade de artigos publicados, esta métrica valoriza as citações, principalmente quando feitas por outros pesquisadores da área. Essa abordagem ressalta a qualidade do trabalho, reconhecendo a influência de um estudo na construção do conhecimento por outros cientistas.
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Na prática, dos 100 mil pesquisadores das diversas áreas pesquisadas, Matheus Melo Pithon, do Departamento de Saúde (DS1) da Uesb, aparece entre os 2% dos que mais tiveram citação. Ele se destaca como o único ortodontista brasileiro a figurar na lista todos os anos.
Em entrevista ao iBahia, ele expressou sua satisfação com o reconhecimento. "Aparecer nessa lista dos 2% mostra que os estudos que estamos desenvolvendo estão em consonância com os avanços científicos atuais, uma vez que pesquisadores de todo o mundo utilizam nossas pesquisas como base para seus próprios estudos", afirma.
Natural de Vitória da Conquista, município do sudoeste baiano, o professor atribui parte de seu sucesso ao incentivo recebido durante sua formação, especialmente do professor Antonio Carlos Ruellas, que o orientou a buscar um mestrado e doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "O foco sempre foi desenvolver estudos de qualidade e relevância", ressalta.
A relevância das pesquisas de Pithon vai além do reconhecimento individual. Ele enfatiza que seus estudos preenchem lacunas significativas na Ortodontia, especialmente nas repercussões sociais e pessoais dos tratamentos ortodônticos. "Acredito que nossa maior contribuição seja a valorização da Odontologia na melhora da qualidade de vida e bem-estar social".
Cientista ressalta a falta de reconhecimento da profissão no Brasil
Apesar das conquistas, Pithon enfrenta desafios significativos no cenário da ciência no Brasil. A falta de reconhecimento da profissão de cientista e a necessidade de complementar sua renda atuando em consultórios particulares são obstáculos constantes. "Se o país valorizasse a ciência, eu poderia me dedicar exclusivamente a ela", afirma.
Para os jovens pesquisadores, o professor deixa um conselho claro: "Foco e persistência. As conquistas não vêm de um dia para o outro". Segundo ele, o Brasil é um país com imenso potencial para pesquisa, destacando a criatividade e a capacidade de superação de seu povo.
À medida que Pithon continua sua trajetória de pesquisa e formação de novos talentos, ele se mantém comprometido com o avanço da ciência ortodontista e a promoção da saúde no Brasil.
Joana Miranda
Joana Miranda
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