O leilão da pedra preciosa — de matriz preta com esmeraldas cor verde — de 227 kg, encontrada na cidade de Pindobaçu, no norte da Bahia, marcado para esta terça-feira (10), foi adiado para 3 de outubro. Segundo a empresa Grandes Leilões, responsável pelo pregão eletrônico, o item valioso pode ser comprado pelo valor mínimo de R$ 150 milhões.
O item faz parte do lote 1 do leilão. Embora o valor seja considerado alto, ainda está abaixo do valor real da pedra preciosa, que é de US$ 165 milhões.
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A pedra foi encontrada a 234 metros de profundidade em uma mina próxima à localização de outras duas peças, que também foram encontradas no início do ano na mesma região, sendo que uma delas foi leiloada em maio deste ano pela Receita Federal (RF) e arrematada pelo valor de R$ 175 milhões.
Ainda conforme a empresa, o dono da pedra, que não teve a identidade revelada, recebeu algumas propostas e resolveu leiloar o item para garantir o pagamento e se proteger. Além disso, devido ao grande valor, a pedra com esmeraldas verdes está guardada em um cofre particular de uma empresa de segurança.
Cinco pedras preciosos deste tipo foram encontradas em 23 anos
Cinco pedras gigantes de esmeraldas foram encontradas em um intervalo de 23 anos, em uma mina que fica em uma cidade com menos de 20 mil habitantes, no sertão baiano. A última delas foi essa encontrada em Pindobaçu.
A primeira foi encontrada em 2001, com 380 kg. A pedra foi avaliada em cerca de U$ 400 milhões, tendo sido levada ilegalmente para os Estados Unidos (EUA). Durante muitos anos, foi centro de disputa judicial entre o governo brasileiro e o norte-americano. No entanto, em 2015 foi decidido que a pedra ficaria com um grupo empresarial dos Estados Unidos.
A segunda pedra foi encontrada em abril de 2017, com 360 kg e avaliada em R$ 300 milhões. Localizada a 200 metros de profundidade pela Cooperativa Mineral da Bahia, que possui autorização para explorar a área, ela foi vendida para um minerador da região.
No mesmo, 2017, foi encontrada a terceira pedra preciosa, de 137 kg e 60 cm, sendo avaliada em aproximadamente R$ 500 milhões. Ela foi adquirida por um empresário de Petrolina, sertão de Pernambuco, e um investidor de Curaçá, norte da Bahia.
Por fim, a quarta esmeralda de 404,8 kg foi encontrada em 2021, o seu valor não foi divulgado, mas a estimativa era de que a pedra fosse avaliada em US$ 990 milhões. Na época da descoberta, especialista definiram a esmeralda como uma "obra de arte da natureza, com relevância geológica."
AUTOR
Julia Gabriela
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