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Violência na Bahia

Jequié é a cidade em que a polícia mais mata no Brasil, diz pesquisa

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança indicam que Jequié, cidade do sudoeste da Bahia, foi a mais atingida por letalidade policial em 2023

Brenda Santos • 19/07/2024 às 9:49 - há XX semanas

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Jequié, no sudoeste da Bahia, foi a cidade brasileira onde a polícia mais matou em 2023. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública Pública 2024 e divulgado na última quinta-feira (18). O relatório analisou os índices de violência e segurança pública no Brasil, no último ano. A Bahia lidera o ranking de casos de letalidade policial do país, mais uma vez.


				
					Jequié é a cidade em que a polícia mais mata no Brasil, diz pesquisa
Jequié é a cidade em que a polícia mais mata no Brasil, aponta estudo.. Foto: Polícia Militar da Bahia/ Divulgação

O estudo mostra que uma a cada quatro mortes por intervenção policial registradas ocorreu no território baiano – foram 1.699 mortos, de um total de 6.393 registros no Brasil.

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Jequié foi a cidade com mais mortes provocadas por policiais: 46,6 mortes a cada 100 mil habitantes. Outras quatro cidades baianas aparecem no top 10 cidades onde a polícia mais matou: Eunápolis, no extremo sul, ocupa a quarta posição (29 mortes a cada 100 mil/hab); Simões Filho, na Região Metropolitana, está em sétimo lugar (23,6 a cada 100 mil/hab); Salvador, em oitavo (18,9 a cada 100 mil/hab); e Luís Eduardo Magalhães, no oeste, em décimo (18,5 a cada 100 mil/hab).


				
					Jequié é a cidade em que a polícia mais mata no Brasil, diz pesquisa
Jequié é a cidade em que a polícia mais mata no Brasil, aponta estudo.. Foto: Prefeitura de Jequié/ Divulgação

Em números relativos, a Bahia perde para o estado do Amapá, com 23,6 óbitos por intervenção policial a cada 100 mil habitantes. Na Bahia, foram 12 mortes do tipo por 100 mil habitantes. Além disso, o estudo aponta que, nos últimos 10 anos, a maioria das vítimas de letalidade policial no Brasil foram negros (82,7%), de 12 a 29 anos (71,7%) e do sexo masculino (99,3%). De modo geral, este tipo de violência cresceu 188,9% durante este período de tempo.

Violência também atinge policiais, mostra pesquisa

De acordo com o levantamento, a violência não atinge somente os civis. 127 policiais foram assassinados em 2023; desses, 9 foram mortos na Bahia. O índice caiu, enquanto o número de policiais que tirou a própria vida aumentou em 26,2%. 118 casos foram contabilizados no último ano, 4 deles da corporação baiana. O perfil dos policiais vitimados é composto por 69,7% de negros, 51,5% com idades de 35 a 49 anos e 96% do sexo masculino.

Bahia se destaca em números de mortes violentas

O número de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais dentro e fora de serviço também foi significativo no estado. No ano passado, foram 46.328 mil registros no país. Desses, 6.578 foram na Bahia. Cinco cidades baianas estavam entre as cidades mais violentas: Camaçari aparece em segundo lugar do top 10, com 92,9 mortes por 100 mil habitantes. Jequié, em terceiro lugar (84,4 mortes por 100 mil habitantes), Simões Filho, em quinto (75,9), Feira de Santana, em sexto (74,5), Juazeiro, em sétimo (74,4) e Eunápolis, em décimo (70,4).

Além disso, dois municípios da Bahia aparecem ainda na lista das cinco com maiores taxas de roubo e furto de celular. Em todo o país, foram 937.294 crimes do tipo, o equivalente a 107 aparelhos subtraídos por hora. Salvador ficou na quarta posição, com 1.716,6 roubos a cada 100 mil habitante, e Lauro de Freitas figurou na quinta posição, com 1.695,8 casos.

O que diz o Governo da Bahia

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que "são constantes os investimentos em tecnologia, inteligência, equipamentos, capacitação e reforço dos efetivos, com o objetivo de combater as organizações criminosas que violentam as comunidades".

De acordo com o órgão de segurança pública, as forças de segurança atuam com "rigor, dentro da legalidade e com firmeza contra grupos criminosos envolvidos com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubos e corrupção de menores".

A SSP-BA informou que o estado apresentou redução de 13% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2024 e que os meses de maio e junho deste ano foram os que tiveram os menores números comparados aos mesmo períodos desde 2012.

"Já nos últimos 18 meses, as ações de inteligência e repressão qualificada resultaram nas prisões de 27 mil criminosos, na localização de 88 líderes de facções, e nas apreensões de 9 mil armas de fogo, entre elas 95 fuzis", pontuou a secretaria.

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