Parte do Píer de Ilhéus, cidade que fica no sul da Bahia, desabou na manhã desta quarta-feira (24) e deixou o atracadouro pesqueiro isolado. Com isso, cerca de 60 barcos ficam sem ancoragem na região. Ou seja, impossibilitados de concluírem descarga, recepção, manuseio e armazenagem do pescado.
A coordenação da Bahia Pesca, empresa responsável pela estrutura junto a Marinha, informou ao iBahia que o desabamento do píer, construído em 2012, decorreu em virtude de um desgaste natural por conta do salitre. Um especialista enviado pela diretoria do órgão - que fica em Salvador - avaliou o local.
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“Para que não haja nenhuma incidência, a área foi isolada e recebeu a inspeção de uma equipe técnica enviada pela empresa, que já está tomando todas as medidas necessárias ao pronto restabelecimento das atividades de descarga, recepção, manuseio e armazenagem desenvolvidas no local”, contou o coordenador regional da Bahia Pesca, Ed Ferreira.
Já a Marinha do Brasil informou, em nota, que uma equipe de Inspetores Navais compareceu ao local para apurar o caso, assim que tomou ciência do ocorrido. Ainda segundo a Marinha, a Delegacia da Capitania dos Portos em Ilhéus (DelIlhéus) tomou providências em relação à administração do Terminal Pesqueiro Público de Ilhéus (TPPI).
"A DelIlheus informa que a administração do TPPI foi notificada por infração às Normas da Autoridade Marítima (NORMAM-303) relativas à execução de obra sob, sobre ou às margens das água, conforme Art. 26 do Decreto nº 2.596/98 que regulamenta a Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário em águas sob jurisdição nacional (Lei nº 9.537/97), haja vista a falta de manutenção e o estado precário de parte da estrutura do terminal", diz a nota.
Desabamento do píer em Ilhéus
O terminal de Ilhéus foi um dos dois primeiros inaugurados pela Bahia Pesca, em novembro de 2012, com investimento total de R$ 20 milhões. O outro fica em Salvador.
Segundo informações da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), os dois terminais atendem a mais de 50 mil pescadores, oferecendo locais apropriados para a descarga, recepção, manuseio, armazenagem, classificação, pesagem e estatística do pescado.
Nanci Souza
Nanci Souza
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