O número de 'Febre Oropouche' aumentou na Bahia e Ilhéus, cidade localizada na região sul do estado, é quem lidera o ranking de casos. Segundo informações da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), o município já possui 110 notificações.
Ainda não existe registros de mortes ocasionadas pela febre. No entanto, o iBahia entrou em contato com a Prefeitura da cidade em busca de informações sobre as medidas que estão sendo ou serão tomadas para combater o mosquito. Até a publicação desta reportagem, a entidade não emitiu um posicionamento.
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Medidas preventivas executadas pela Sesab
Já a Sesab, em nota enviada ao iBahia, disse que intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões com registros da doença. “Técnicos da Vigilância Epidemiológica estão capturando o mosquito Culicoides paraensis para identificar se os insetos estão infectados, visando entender melhor a disseminação da Febre Oropouche na Bahia.”
A Sesab disse também que é necessário cuidados por parte da população: "Não se deve deixar lixo e folhas acumulados, pois a existência destes materiais facilita a reprodução do vetor, o mosquito maruim. Ao aparecer qualquer sintoma, a pessoa deve buscar uma unidade de saúde", orienta a Secretaria.
Febre Oropouche na Bahia
O número de casos de 'Febre Oropouche' aumentou em todo o Estado. No momento, são 833 registros sem óbitos notificados até o dia 16 de julho de 2024. A entidade de saúde informou que segue intensificando a investigação epidemiológica nas regiões com maiores registros.
As cidades com maiores registros da 'Febre Oropouche' são Ilhéus, Gandu e Uruçuca. Todos os municípios com casos confirmados são: Amélia Rodrigues (2), Feira de Santana (2), Conceição do Jacuípe (1), Jacobina (1), Itamaraju (6), Teixeira de Freitas (1), Porto Seguro (6), Maragogipe (3), Cachoeira (1), Camaçari (1), Madre de Deus (1), Salvador (15), Lauro de Freitas (1), Amargosa (66), Aratuípe (2), Castro Ales (1), Conceição Almeida (1), Elísio Medrado (26), Jaguaripe (40), Jiquiriçá (2), Laje (29), Muniz Ferreira (14), Mutuípe (23), Nazaré (2), Presidente Tancredo Neves (16), Santo Antônio de Jesus (14), São Felipe (9), São Miguel das Matas (6), Teolândia (43), Ubaíra (3), Acajutiba (4), Alagoinhas (1), Caatiba (2), Nova Canaã (1), Cairu (7), Camamu (41), Gandu (82), Igrapiúna (25), Ituberá (41), Piraí do Norte (4), Taperoá (37), Valença (14), Wenceslau Guimarães (3), Aurelino Leal (3), Buerarema (1), Camacan (2), Ibicaraí (1) Ibirapitanga (3), Itabuna (22), Ubatã (2), São José da Vitória (1), Itacaré (4), Ilhéus (110), Uruçuca (68), Una (2), Itagibá (3), Itamari (3), Jequié (3) e Jitaúna (3).
O que é 'Febre do Oropouche'
Segundo informações do Ministério da Saúde, a "Febre do Oropouche" é uma doença viral transmitida no ambiente urbano pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.
Sintomas da 'Febre do Oropouche'
Ainda segundo a entidade de saúde, os principais sintomas são:
- Dor de cabeça
- Dor muscular
- Dor nas articulações
- Náusea
- Diarreia
A sintomática é bem parecida com a da dengue e da chikungunya. Por isso, é importante ficar atento e buscar uma unidade de saúde. No caso da febre, os sintomas geralmente duram de 2 a 7 dias e não costumam deixar sequelas.
Nos casos mais sérios, o tempo de recuperação aumenta. Até o momento, não há registros de óbitos associados à infecção pelo vírus no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
Tratamentos
Não existe tratamento específico para a "Febre do Oropouche". É recomendável apenas o manejo clínico focado no alívio dos sintomas. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) reforça a importância do diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos e destaca ações de vigilância epidemiológica para monitoramento da situação.
Medidas de Prevenção
- Evite áreas com muitos mosquitos
- Use roupas que cubram a maior parte do corpo
- Aplique repelente nas áreas expostas do corpo
- Mantenha a casa limpa
- Remova possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas
- O Ministério da Saúde recomenda ainda que, se houver casos confirmados na sua região, é preciso seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão.
Nanci Souza
Nanci Souza
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