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Ponto Novo

Estudantes baianos usam licuri para desenvolver bioplástico

Bioplástico desenvolvido por estudantes da rede pública passa por testes e apresenta resultados promissores; projeto com licuri se chama Plásticuri

foto autor

Ketheleen Serra

23/10/2024 às 6:00 - há XX semanas
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Ao longo dos anos, o ser humano tem buscado alternativas para reduzir o impacto da produção de resíduos como o plástico. Em 2022, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (ABREMA), o Brasil gerou 64 kg de lixo plástico por habitante. Pensando nisso, os estudantes do Colégio Estadual Nelson Maia, de Ponto Novo, cidade localizada a 338 km de Salvador, desenvolveram um bioplástico a partir do Licuri, fruto típico da Caatinga, batizado como Plásticuri.


				
					Estudantes baianos usam licuri para desenvolver bioplástico
Estudantes baianos usam licuri para desenvolver bioplástico. Foto: Gabriel Pinheiro/ Ascom Secti

Os bioplásticos são projetados para terem menor impacto ambiental em comparação aos plásticos tradicionais. A estudante Eduarda Damasceno, explica como a proposta de criar o bioplástico começou a se formar após uma experiência de campo.

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“A ideia do bioplástico surgiu depois de uma aula prática com nossos professores, quando identificamos uma grande quantidade de lixo derivado de combustíveis fósseis, especialmente sacolas plásticas no rio Itapicuru-Açu. A partir daí, começamos a discutir e pesquisar alternativas para minimizar esse problema ambiental. Após algumas investigações, decidimos desenvolver um projeto sustentável que, além de reduzir o impacto ambiental, pudesse também contribuir com a agricultura familiar”, comenta Eduarda.


				
					Estudantes baianos usam licuri para desenvolver bioplástico
Estudantes baianos usam licuri para desenvolver bioplástico. Foto: Divulgação/SDR

Projeto desenvolvido pelos estudantes apresenta resultados promissores

Após a fabricação, o Plásticuri passou pelos primeiros testes, apresentando resultados promissores. A estudante Eduarda explica o processo.

“Enterramos algumas amostras e acompanhamos o processo. Após 28 dias, a degradação se aproximou do esperado, atingindo cerca de 82%, enquanto os plásticos convencionais levam em média de 300 a 500 anos para se decompor, dependendo do tipo. O Plásticuri pode substituir embalagens plásticas em geral e até mesmo os plásticos convencionais, como as sacolas”, detalha Eduarda.

O projeto, que conta com a coorientação de Rute Katiane e o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e do Núcleo Territorial de Educação (NTE 25), está em fase de aprimoramento e visa gerar impactos positivos.

Segundo Rute, os próximos passos são a análise do bioplástico em alto mar, em solos com características diferentes, sob altas temperaturas e produção em larga escala. Alguns dos impactos positivos que o bioplástico desenvolvido pode gerar incluem o fortalecimento da agricultura familiar no semiárido e a preservação da palmeira do Licuri.

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