O tempo nublado não impediu Caetité, cidade do sudoeste baiano, de celebrar ao 2 de julho com um tradicional desfile cívico. Com participação dos grupos de montaria, escolas, militares e convidados, o cortejo saiu às 8h, da Praça da Catedral.
A comemoração da Independência do Brasil na Bahia na região é um legado de mais de dois séculos, que se mantêm e relembra o protagonismo do município na data histórica.
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A participação cívica ficou por conta das escolas municipais, que para este ano trouxeram o tema: "Luta, resistência, liberdade e protagonismo ao povo que vive e faz história". Alunos de todas as idades deram vida a personagens importantes para a independência.
Além disso, as comunidades participaram trazendo arte para as ruas e vielas, que foram pintadas com as cores da bandeira da Bahia – azul, branco e vermelho –, deixando vivo o espírito de celebração entre os moradores. Se destacaram também no cortejo as representações da Cabocla e do Dragão, alegorias que evidenciam o fim da tirania dos portugueses e à vitória das tropas brasileiras.
A programação da festa, que começou no dia 1º com a "levada da cabocla", segue pelo resto do dia e conta com a Celebração do Te Deum, hino cristão; e por fim, das 14h às 18h30, muita música com Luan do Paredão.
A importância de Caetité para a Independência do Brasil na Bahia
A cidade de Caetité teve um papel importante no processo de Independência que, para os historiadores, é considerada como a "Independência do Brasil na Bahia".
O município participou ativamente no fornecimento de mantimentos e armas para as tropas brasileiras, além de ter sido o local onde esteve exilado o major Silva Castro, um dos maiores combatentes da época.
Memorialistas locais ressaltaram a relevância deste desfile como forma de manter vivo o papel de Caetité no processo de liberdade.
"Essa é uma tradição histórica que ajuda a manter viva a importância da Bahia no processo de independência do Brasil. A participação das escolas e toda a simbologia dos desfiles aqui em Caetité é resultado de um povo que se preocupa com a educação patrimonial", afirma a historiadora e doutora em memória, Fernanda de Oliveira Matos.
Santiago Neto
Santiago Neto
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