No Ba-Vi de domingo, torcedores do Bahia lançaram dezenas de caxirolas no gramado, no final do primeiro tempo, logo após um discussão entre Maxi Biancucchi e Fahel — o Vitória vencia por 2x0. “Eu fiquei muito triste. A gente tem que ter mais educação”, lamentou o técnico do Vitória, Caio Júnior.Ninguém ficou ferido, mas o Bahia pode ser punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) com multa e perda de mando de campo. Apesar de o Vitória ser mandante do jogo, as imagens mostraram com clareza que foi a torcida do Bahia que promoveu o episódio. O Comitê Organizador Local (COL) informou que o instrumento é aprovado pela Fifa e que as imagens serão analisadas.
Informado sobre o incidente, o ministro do Esporte, Aldo Rabelo, que participa de encontro empresarial em Comandatuba, no sul da Bahia, lamentou: “Não é boa notícia”. Na sequência, tentou minimizar. “Não necessariamente vai acontecer algo semelhante se o Brasil estiver perdendo uma partida na Copa”.Caxirola: tudo para virar mania O uso da caxirola por tricolores e rubro-negros no Ba-Vi de ontem, na Fonte Nova, deu os primeiros sinais de que vai virar mania nas partidas da Copa das Confederações e da Copa do Mundo realizadas no Brasil este ano e em 2014. O instrumento criado por Carlinhos Brown fez sucesso com torcedores e com os técnicos dos times, apesar de ter sido pivô de uma confusão no final do primeiro tempo, quando torcedores do Bahia, que perdia por 2x0, arremessaram as caxirolas em campo.Distribuídos na entrada do estádio, os chocalhos inspirados no caxixi ecoaram durante toda a partida. Animados com o bom desempenho do Leão, os rubro-negros usaram a caxirola nas comemorações dos gols e nos gritos de torcida, com músicas como o funk carioca Lek Lek (Passinho do volante). “Faz um barulhinho bom, anima as músicas e tem som agradável", pontuou o torcedor Leonardo de Matos.Mais tímidos e sem ter muito o que comemorar, os tricolores usaram discretamente a caxirola para tentar reanimar o time em campo. “Está difícil usar hoje, mas a ideia é boa”, ressaltou a torcedora do Bahia, Patrícia Macedo, 33 anos.Apesar de ser comparada à vuvuzela, criticada por ser barulhenta e atrapalhar os jogos durante a Copa 2010, na África do Sul, a caxirola teve boa repercussão nos bastidores. “O instrumento é bacana, tem um som legal. É bom para nós e para os torcedores”, destacou o técnico do Bahia, Joel Santana, que em 2009 treinou a seleção sul-africana. Caxiraula - O estádio ainda estava vazio quando Brown entrou em campo uma hora antes do clássico para embalar o que ele batizou de primeira ola sonorizada do mundo. Com o apoio de 300 percussionistas da Escola Pracatum, o músico baiano ensinou as diversas sonoridades que poderiam ter o instrumento. “Podemos usar como chuá, aplausos, sambão”, explicava Carlinhos Brown aos poucos torcedores que já estavam nas arquibancadas. Em seguida, ele tocou com a caxirola o Hino Nacional e desafiou a torcida: “Criem seus motivos com a caxirola e levem para o estádio”.
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