Veterana no Festival de Verão, a cantora, compositora e agora ministra da Cultura Margareth Menezes subiu ao palco Ponte pouco antes das 20h deste sábado (28). Logo de início, apresentou dois clássicos da música baiana: "O Canto da Cidade" e "Uma História de Ifá (Elegibô)". O repertório da abertura do show também incluiu "Raça Negra", lançada por ela em 1993.
Ao cumprimentar o público, Margareth foi ovacionada, aos gritos de "ministra", e agradeceu, com emoção. "Esse momento para mim está sendo uma mudança muito grande na minha vida, mas acho que faz parte do caminho, porque acho que é importante ter alguém de nós lá dentro também, para mostrar nosso sentimento, nossa vida, nosso dia a dia. Mas eu amo estar aqui também. Vamos precisar de todo mundo", disse, antes de começar a cantar "Cadê Você?", sua aposta para o Carnaval deste ano.
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Não demorou até Margareth chamar ao palco sua primeira convidada, a cantora Majur. Acompanhada de um balé, a artista baiana apresentou "Clima", single recém-lançado que conta com a participação do rapper Xamã. A cantora ainda agradeceu o convite e ressaltou a importância de ocupar um espaço como o palco do FV23, sendo uma mulher trans. "Isso é revolucionário, isso é futuro, isso é agora", disse, sob aplausos do público, antes de interpretar outra canção nova, "Mapa de Estrelas".
Margareth voltou ao palco com uma sequência de canções baseadas nas matrizes religiosas afro-brasileiras: "Saudação Ao Caboclo" e "Oyá Por Nós". A ministra da Cultura fez um discurso pela preservação dos povos indígenas e precisou interromper o show devido a um incidente na plateia, já que uma pessoa passou mal. Após o socorro, Margareth seguiu cantando.
A segunda convidada do show, Larissa Luz, subiu ao palco por volta das 20h25. Também acompanhada de um balé, a artista baiana abriu sua participação com um medley roqueiro que uniu "Canto das Três Raças", composição de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte imortalizada por Clara Nunes, a "Mulher do Fim do Mundo", de Alice Coutinho e Rômulo Fróes, gravada por Elza Soares. Por problemas técnicos com o som, Larissa repetiu a performance. Ela fechou sua participação com "Cupido Erê", lançada em 2022, no EP "Deusa Dulov Vol. 1".
Após cantar "Terra Aféfé", Margareth chamou Majur e Larissa de volta ao palco para encerrar o show com o clássico "Faraó (Divindade do Egito)", de Luciano Gomes, para delírio do público. Com a apresentação, a plateia do FV23 pôde reverenciar três vozes negras de diferentes gerações e sentir o gostinho do Carnaval, que já é logo ali.
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Juliana Rodrigues
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