Conhecer novas pessoas através de aplicativo, seja para curtição ou relacionamento amoroso, é uma atitude que faz parte do dia a dia de alguns pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+. Um reflexo disso é o grande número de usuários das plataformas que possibilitam esse tipo de relação. No entanto, apesar do que muitos imaginam, o público que consome essas ferramentas não curte apenas pegação.
Em entrevista ao Fervo das Cores, do portal iBahia, o head de marketing do Scruff, Taynan Aoyama, destacou o sucesso que a app tem no país e ressaltou as múltiplas possibilidades que ela proporciona, para além dos encontros casuais.
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“Não acredito que a afirmação de que os LGBTIAPN+’s só querem promiscuidade seja verídica. Nós, do Scruff, por exemplo, realmente temos esse lado de possibilitar encontros, mas também não pretendemos ser apenas isso. Dentro do aplicativo é possível se conectar com outras pessoas antes de uma viagem, para conhecer lugares …”, pontuou.
Lançado em 2010 nos Estados Unidos e com mais de 20 milhões de usuários no mundo, o Scruff é bastante popular no Brasil, ficando em segundo lugar no ranking de países com mais pessoas conectadas.
Com um recorte de público específico, ele é destinado para gays, bissexuais, queers e intersexuais. “Atualmente, nós somos o único aplicativo que foi fundado e que continua gerido por pessoas LGBTQIAP+’s. Isso é muito importante de saber, pois somos uma plataforma que é pensada e coordenada por quem faz parte e que entende as necessidades da comunidade”, enfatizou Aoyama.
Durante o bate-papo, Taynan listou algumas ações feitas pelo Scruff que reforçam o olhar que os usuários têm para outras questões da sociedade. “Nas últimas eleições, por exemplo, fizemos um levantamento de 228 candidatos, para que as pessoas da comunidade pudessem votar em quem representa as nossas pautas. Então, a gente está aqui não apenas para encontros, mas também para trabalhar na área social, no esporte, para que possamos ser vistos e ocupar os espaços que, na maioria das vezes, são ocupados por homens ou mulheres héteros”.
Juntamente com a crescente popularidade dos aplicativos de relacionamentos, a insegurança também começou a ficar mais evidente para os LGBTQIAPN+ que utilizam as ferramentas. Além dos cuidados que cada um precisa ter, o ideal é que as próprias plataformas também busquem alternativas que tornem a experiência e o contato cada vez mais seguros.
Sobre isso, o head de marketing do Scruff afirmou: “Como é um aplicativo de encontro, para fazer com que a pessoa se sinta mais seguro, existe a possibilidade de a pessoa colocar o perfil verificado, onde é possível identificar e confirmar que a pessoa que está na foto é realmente aquela que está na foto. Além disso, não permitimos tirar captura de tela, das conversas, nem de fotos, além de darmos a oportunidade de a pessoa colocar ou não dados da sorologia”.
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Elson Barbosa
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