A cantora Liniker entrou mais uma vez na história ao tornar-se a primeira pessoa transexual a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Cultura (ABC). Com a posse, que aconteceu nesta terça-feira (14), no Rio de Janeiro, ela passou a estar na cadeira 51, que era da eterna Elza Soares.
Durante o evento, Liniker se emocionou ao falar sobre a importância do momento para a história do Brasil e ressaltou as dificuldades que a comunidade LGBTQIAP+ enfrenta diariamente.
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“Estar em pé no Brasil, sendo uma travesti preta, é muito difícil. Ser a primeira vez que uma travesti é empossada na Academia Brasileira de Cultura é muito importante e é fundamental pra cultura do nosso país, que abre esse mapa de diversidade e excelência”, disse.
No discurso, a artista também destacou: “Esse empossamento, esse lugar, não pode ser só meu. Esse fato é histórico, mas ele não pode ser passado, ele precisa ser atualizado constantemente”.
Na oportunidade, a também compositora pontou a alegria em poder estar ocupando a cadeira que foi de Elza Soares. “Na noite de hoje, com toda essa emoção, eu estou tão feliz, não só por esse lugar, mas também por ter Elza Soares como patrona. Essa grande voz, esse grande acontecimento, considerada a voz do milênio”, descreveu.
Liniker, nomeada IMORTAL pela academia brasileira de Cultura, ocupando a cadeira 51 que foi ocupada pela grande Elza Soares. Que emoção!
— Jonas Di Andrade (@jonasdiandrade) November 15, 2023
Via @seremosresisten pic.twitter.com/jwj4SXNlP7
Vale lembrar que Liniker também foi a primeira pessoa trans a conquistar o Grammy Latino. Ela ganhou em 2022, com o álbum Indigo Borboleta Anil, na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira
Além dela, nomes como Daniela Mercury, Alcione, Vanessa Giácomo, Beth Goulart e Margareth Menezes também foram eleitas imortais.
Elson Barbosa
Elson Barbosa
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