No próximo dia 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data representa a luta aguerrida de pessoas transexuais e travestis na defesa da garantia e ampliação de direitos, além de conscientizar pessoas sobre a urgência no combate à transfobia. A campanha é um marco na luta pelo reconhecimento e pela igualdade de direitos das pessoas trans no Brasil.
A Bahia é o 2º estado do país com mais mortes de pessoas trans e travestis em 2021, aponta a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O levantamento foi divulgado em janeiro do ano passado.
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Embora tenha registrado uma redução de ao menos 32% nas mortes de pessoas trans e travestis, a Bahia contabilizou 13 casos em 2021 e saiu da terceira para a segunda posição.
Vale destacar que a maioria das vítimas estão no Sudeste: 35% delas. O percentual é seguido pelo Nordeste (34%); Sul (8%); Centro-Oeste (11%), Norte (10,5%) e Sul (9,5%). Nacionalmente, a idade média de trans assassinadas é de 29,3 anos.
Um dos responsáveis pela luta contra a transfobia é o trans não binário, Rafa Mores. 'Elu', como gosta de ser identificado, concedeu uma entrevista ao iBahia para a coluna do Fervo Das Cores e destacou a importância de ter pessoas trans inseridas no mercado de trabalho baiano e nacional.
Ao lado de Brenddáh Hudson, 'elu' lidera o 'Tamo Juntes', negócio de impacto que promove diversidade e inclusão através da tecnologia e inovação, gerando renda para a população LGBTQIAPN+ e diversa. A startup conta com uma equipe especializada em palestras, consultorias e formações para empresas que estiverem interessadas em integrar essa agenda urgente para o mercado de trabalho.
"O meu trabalho é influenciar organizações para que elas possam se comprometer com a causa. Eu vejo as dores que é esse processo acontecer na prática efetivamente. É responsabilização social e é necessário sim que as empresas se comprometam e entrem em ação na prática".
'Elu' também descreve que é preciso ter sensibilidade com o assunto. Segundo Rafa, esse um dos fatores principais para que a sociedade possa se tornar de fato mais humana.
"É importante que exista uma sensibilização para a sociedade viver e eu entendo que isso é um processo educativo. Que a educação é transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo, né? Então para mim o primeiro pilar é o da educação, é do investimento na sensibilização na capacitação dessas pessoas porque também é importante. É necessário essa diversidade e inclusão", pontuou 'elu'.
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Lucas Sales
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