O Carnaval de Salvador é considerado pelo Guinnes book como o maior Carnaval do mundo, atraindo uma verdadeira multidão com diversos públicos. No entanto, um dos questionamentos recentes entre os internautas é sobre a forte presença da comunidade LGBTQ+ na festa. Mas será que a folia pode ser considerada "100% gay"?
Segundo o jornalista Oscar Marrom, que possui anos na área sociocultural de Salvador, os festejos sempre englobaram a população gay e a notoriedade que se vê hoje é reflexo do contexto histórico. O assunto foi debatido no programa "Fervo das Cores", do portal iBahia.
"Não é que seja uma festa gay, mas a verdade é que o Carnaval só sobrevive graças as colegas. A maioria dos blocos são LGBT+, a festa sobrevive graças a esse público. E embora tenha blocos separados hoje em dia, como o do próprio Bell Marques, nós sempre estivemos em diversos cortejos. Ou as pessoas pensam que não tem LGBTQIA+ nas Muquiranas, por exemplo? Tem sim!", afirmou em entrevista.
Leia também:
Marrom ainda descreve que, historicamente, o Carnaval sempre foi um espaço de liberdade onde as pessoas conseguiram expressar os desejos e identidades de forma mais aberta e sem os julgamentos.
Carnaval de Salvador é demarcado pela diversidade
Mas será que isso significa que o Carnaval de Salvador deixou de ser uma festa 'de todos' para se tornar um evento dominado por um único grupo? Segundo o jornalista, essa percepção está ligada à crescente visibilidade. "A presença da comunidade LGBT sempre existiu, mas agora existe mais visibilidade. Isso não significa que o evento seja exclusivo, mas começou a valorizar mais", destaca.
O videocast "Fervo das Cores", que já é conhecido por abordagens informativas sobre temas ligados à população LGBTQIAPN+, mergulhou no universo da vida de maricona (processo de envelhecimento do gay), carnaval e pegação. A atração é comandada por Victor Silveira e Jonattas Neri. Já a direção e edição é de Lucas Andrade.
Jonattas Neri
Jonattas Neri
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!