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FRIDA KAHLO EM SALVADOR

Conheça história de Frida Kahlo, pintora mexicana que é referência da cultura

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón foi uma das mais importantes pintoras mexicanas da história e a obra da artista inclui 143 quadros

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Redação iBahia

20/10/2022 às 13:03 - há XX semanas
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					Conheça história de Frida Kahlo, pintora mexicana que é referência da cultura
Foto: Reprodução / Vogue

Não precisa ser um conhecedor de arte para saber quem é Frida Kahlo. Você pode até não conhecer detalhes da vida da artista mexicana, mas com certeza já viu referências sobre ela espalhada pela cultura pop, na moda e até mesmo na música. Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón foi uma das mais importantes pintoras mexicanas da história e a obra da artista inclui 143 quadros, dos quais 55 eram autorretratos.

Frida Kahlo, como ficou mundialmente conhecida, nasceu em 6 de julho de 1907, no distrito de Coyoacan, terceira de quatro irmãs, filha de um judeu alemão e uma católica fervorosa. Antes de virar uma artista renomada, Frida passou por problemas de saúde.

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Em 1913, aos 6 anos, contraiu poliomielite infantil. A doença foi responsável por deixar uma lesão no pé direito e encurtar uma das pernas da artista. Além disso, quando tinha 18 anos, se envolveu em um acidente de trânsito. O ônibus em que ela estava se chocou com um trem e a pintora fraturou a espinha, clavícula, a pélvis e várias costelas. Por causa dos ferimentos, passou por 35 cirurgias ao longo da vida e precisou usar colete ortopédico até morrer.

Foi no período de recuperação que Frida começou a fazer os primeiros desenhos. A inspiração inicial eram os próprios coletes ortopédicos, que viravam verdadeiras obras de arte. Os primeiros quadros foram feitos em um cavalete adaptado, que o pai deu a ela.


				
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Arte autobiográfica

A quantidade de vezes que Frida se desenhou fez do rosto dela um dos mais conhecidos da pintura mundial. De acordo com declarações que a própria artista já deu, a origem da vontade de se desenhar pode estar ligada ao pai dela, Guillermo Kahlo, que era fotógrafo e exerceu grande influência no desenvolvimento da pintora.

“Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”.

Frida Kahlo

Com tantos autorretratos, não é de se estranhar que as principais obras de Frida estejam relacionadas à vida dela, como em Diego e eu; Autorretrato com colar; As duas Fridas; Raízes; Autorretrato dedicado a Leon Trotsky e Diego em meu pensamento.

Pintar a realidade fazia com que Frida rejeitasse o título de pintora surrealista. De acordo com o livro Frida - A biografia, de Hayden Herrera, a artista foi influenciada pelo simbolismo e pelo realismo. Seus quadros tinham imagens fantásticas e muitas vezes impactantes. 

Características marcantes

Frida Kahlo pode ser considerada uma transgressora dos padrões da época e um ícone da luta feminista. A artista era bissexual e usava roupas da moda masculina. Além disso, fazia questão de manter um vistoso bigode e sobrancelhas grossas. A mexicana fumava, lutava boxe e não fugia de desafios de tequlia contra homens.

Essa transgressão era passada para as pinturas. Em um retrato de família, por exemplo, ela se pintou com roupas masculinas, contrastando com as irmãs e a mãe que usavam vestidos.

Nas obras, Frida também mostrava elementos do México e sempre foi assumidamente nacionalista. Outra paixão que aparece nos quadros eram os animais. A artista tinha papagaios, cachorros e macacos-aranha.


				
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Militância

Frida dizia ser "filha da Revolução Mexicana" e, apesar de ter nascido em 1907, costumava afirmar que nasceu mesmo em 1910, ano em que eclodiu o movimento.

Ela se tornou militante da causa comunista ainda muito nova e com 21 anos entrou para o Partido Comunista Mexicano. "La angustia y el dolor, el placer y la muerte, no son más que un proceso para existir la lucha revolucionaria" é uma das frases mais conhecidas da pintora. Em tradução livre: "Angústia e dor, prazer e morte, nada mais são do que um processo para existir a luta revolucionária".

Casamento, separação e inspiração

No começo da militância, Frida conheceu o artista plástico e muralista Diego Rivera, 21 anos mais velho. Os dois se casaram um ano após se conhecerem. O relacionamento foi marcado por brigas e adultérios de ambas as partes.


				
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Em 1934, o casamento chegou ao fim após Frida descobrir que Rivera e a irmã da pintora, Cristina, tinham um caso. Depois disso, ela enfrentou um período de depressão - fase em que fez alguns dos quadros mais melancólicos da carreira. No entanto, foi nesse período também que ela passou a comercializar as obras e ter independência financeira.

A primeira exposição individual foi em 1939, em Nova York. A partir desse momento, o seu trabalho começou a ser reconhecido internacionalmente, apesar de Frida ainda ser muito associada como esposa de Rivera.

Ela foi a primeira mexicana a ter obras expostas no Museu do Louvre, em Paris. A Moldura tornou-se a primeira obra de um artista mexicano do século 20 a ser comprada por um museu de renome internacional.

Frida e Rivera voltaram a ser um casal em 1940. Desta vez, apesar dos conflitos, o casamento durou 14 anos.

Rivera esteve ao lado de Frida quando ela precisou amputar uma perna. Já com o membro amputado, ela fez questão de participar de uma manifestação contra o golpe de Estado na Guatemala que derrubou Jocobo Arbens.

Frida morreu em decorrência de uma embolia pulmonar, resultado de uma pneumonia, em 1954, aos 47 anos.

Exposição de Frida Kahlo em Salvador


				
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Foto: Divulgação

Para conhecer ainda mais a história da artista, uma visita à exposição imersiva sobre Frida Kahlo, em cartaz no Salvador Shopping, em Salvador, é uma parada obrigatória.

Pela primeira vez no Brasil, a mostra internacional “Frida Kahlo- A Vida de Um ícone” é a maior exposição imersiva criada em torno da vida e obra da mexicana.

A biografia mostra a trajetória da artista distribuída em uma jornada interativa por 10 ambientes. O local explora a história da da artista por meio de coleções de fotografias históricas, filmes, ambientes digitais, instalações artísticas e itens de colecionador.

Vinda de Barcelona, na Espanha, segue para São Paulo depois de Salvador, dando seguimento à turnê nacional. Na capital baiana, fica em cartaz até 4 de dezembro.

A visitação está disponível todos os dias, das 10h às 21h, Os ingressos custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia), de segunda a quinta, das 10h às 17h40, R$ 75 (inteira) e R$ 37,50 (meia) a partir das 18h até as 21h. De sexta a domingo o valor é de R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). É possível adquirir ainda uma entrada VIP Experience no valor de R$ 150.

SERVIÇO

  • Exposição imersiva Frida Kahlo – A Vida de um Ícone
  • Quando: 5 de outubro a 4 de dezembro
  • Onde: Salvador Shopping
  • Visitação: segunda a sábado, das 10h às 21h; domingo, das 10h às 20h
  • Ingressos: segunda a quinta (10h às 17h40): R$ 60 / R$ 30; segunda a quinta (18h às 21h): R$ 75 / R$ 37,50; sexta a domingo: R$ 100 / R$ 50; VIP Experience: R$150

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