O zagueiro Léo Xavier custou a acreditar que estaria ao lado de Neymar na Seleção Brasileira. A jovem promessa do Vitória já defendeu a equipe nacional sub-20. Mas treinar ao lado dos profissionais seria algo surreal para a cabeça do menino de 19 anos, morador de Itinga. Desde quando o técnico Tite assumiu a seleção, em junho, virou rotina que, além dos convocados tradicionais, jovens promessas acompanhem os craques brasileiros e façam parte dos treinos. Na atual convocação foi a vez do defensor rubro-negro ser um dos escolhidos.
Ainda com a Seleção, Léo Xavier conta que pensou que o telefonema da convocação poderia ser trote, apesar dos avisos que isso poderia acontecer. “Fiquei totalmente surpreso. No treino antes da estreia da Copa do Brasil sub-20, me falaram que eu poderia ser convocado. Não estava ligado nesta convocação. Em casa, recebi o telefonema da CBF me pedindo para tomar vacina de febre amarela e conferir se estava tudo bem com meu passaporte. Só no outro dia que o coordenador da base, Carlão, me confirmou”, lembra, ainda em Natal, onde o Brasil enfrentou a Bolívia, na quinta-feira, pelas Eliminatórias.
Já na Seleção, Léo Xavier se impressionou com a alegria de Neymar. “O primeiro contato com as feras foi tranquilo. Eu estava no lanche quando os jogadores de fora chegaram. Neymar falou com todo mundo. Gente boa. Neymar é aquilo que vemos em campo: ousadia e alegria. Já diz tudo. Um cara alegre, brincalhão. É o mais resenheiro do grupo. A alegria está nele”, disse, impressionado.
Porém, durante os treinos, nada de moleza. “O Tite elogiou muito minha seriedade no treino. O Neymar e o Gabriel Jesus são diferenciados. O alto nível técnico impressiona. Junto com a força e inteligência, são os diferenciais da Seleção”, disse Léo, que tem a mesma idade do palmeirense.
EXPERIÊNCIA
Para ele, treinar com os craques brasileiros trará bons frutos para as jovens promessas. Seria como um estágio de luxo para os jovens jogadores. “É uma experiência nova para jogadores em formação como eu. Estar com as estrelas do futebol que jogam em alto nível é único. Estamos aprendendo como é a rotina de treino deles, principalmente da turma que atua na Europa. Comprometimento, foco, a qualidade técnica. Agreguei conhecimento e valores para minha carreira que está iniciando, ainda em construção. O que Tite está fazendo vai trazer um futuro para muitos atletas como eu”, disse Léo, que viaja hoje com a Seleção para a Venezuela.
Após o jogo da próxima terça, contra os venezuelanos, Léo “Boca” volta a sua rotina no Vitória, mas prometendo não ser mais o mesmo Boca de antes. Até o apelido não combinará mais. “Eu sempre chegava aos treinos de segunda indisposto, naquela preguiça de segunda. A galera dizia que eu ficava tomando 51 no domingo, que eu parecia uma Boca de Fumo. Aí ficou Léo Boca (risos)”, explica. Mas o que o zagueiro mais quer é vestir a camisa do profissional do Vitória. “Não vejo a hora. Estou no Leão desde 2007 e quero dar muitas alegrias ao meu time de coração”, completa o mudado Léo Xavier, o ex-Boca.
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Redação iBahia
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