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Vitória trabalha para resgatar tradição de revelar bons goleiros

Gustavo é apontado como sucessor natural da camisa 1, mas clube acabou de contratar mais um goleiro, o paraguaio Gatito Fernández

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20/08/2014 às 12:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 18:25 - há XX semanas
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Gustavo é visto dentro do clube como o futuro titular da camisa 1 do Vitória. Foto: Robson Mendes/Correio*
Há quase dez anos um goleiro revelado nas categorias de base do Vitória não assume de vez a titularidade no time principal. Felipe, na Série B de 2005, foi o último a conseguir o feito. Marca do Rubro-negro, a revelação de grandes arqueiros, como Dida e Fábio Costa, parece ter ficado para trás. Hoje, o clube tenta mudar o cenário e retomar a antiga tradição, mas o torcedor terá que aguardar mais alguns anos para ver uma cria da Toca tomando conta do gol do Leão.
Gustavo, de 21 anos, é apontado como o sucessor natural da camisa 1 dentro do clube. Já atuais destaques das categorias de base, como o boliviano Guillermo Viscarra, emprestado ao Bolívar, e Caíque, que já acumula algumas convocações para seleção brasileira, são vistos como grandes promessas. Ao iBahia Esportes, o coordenador de futebol dos profissionais do Vitória, João Paulo, acha que a falta de paciência dificultou a utilização de jovens na meta rubro-negra. Leia as principais notícias do Vitória na nossa página especial
"Existem coisas que mudaram no meio do futebol baiano. Há 20 anos, a imprensa e a torcida tinham mais paciência. Como o Vitória ainda vinha crescendo em termos de clube, tinha mais paciência. Hoje, há pouca paciencia. Por exemplo, o Barcelona cogita levar o lateral Léo, que saiu vaiado daqui. Com Elkeson foi assim, com Marcelo Moreno... Com goleiro é igual, mas é uma posição específica, pois não se estreia jovem", explica João Paulo, que garante: "a qualidade tem".
Fábio Costa foi uma das grandes revelações do Vitória nos anos 90 e chegou a vestir a camisa da Seleção
Wilson é titular do Vitória desde o ano passado
Histórico - Na temporada 2006, quando o Vitória estava na Série C, o já experiente Emerson Ferreti, ex-Bahia, era o principal goleiro do elenco. Na Série B de 2007, Ney virou o camisa 1. A partir de 2008, o colombiano Viáfara tomou conta da posição, virou ídolo e só saiu da equipe em 2011. Após tentativas frustradas com Fernando Leal e Douglas na segunda divisão daquela temporada, o clube só conseguiu tranquilidade na meta com Deola, em 2012. Ele ficou até 2013, quando se lesionou e perdeu espaço para Wilson, atual titular.
Apesar da perda de espaço da base, Washington Rufino, que trabalha no Vitória desde 2004 e hoje é preparador de goleiros dos profissionais, garante que nunca faltou talento. "Esse trabalho tradicional do clube foi bem realizado e acabou gerando uma safra de goleiros que foi para as seleções de base. Esse trabalho não parou, continuou ao longo dos anos", assegurou ao iBahia Esportes.
Gustavo - Com a conturbada saída de Lee em 2010, Gustavo acabou subindo cedo para o profissional, com 17 anos. Tanto João Paulo como Washington apostam nele como próximo atleta da base a assumir a camisa 1 do Vitória, mas ressaltam pontos que ainda não permitiram a ascensão do arqueiro.
"Sempre que os goleiros me perguntam quando terão oportunidade, eu cito os exemplos de outros clubes. São poucos goleiros jovens titulares no mundo. É difícil lembrar. Peço para me responderem quantos estão jogando na idade deles. Goleiro é uma função que normalmente só atletas mais experientes assumem. No Vitória, Wilson tem um ano e meio que não sai de uma partida. Olha o Rogério Ceni no São Paulo, o Marcos no Palmeiras, o Fábio no Cruzeiro. É preciso calma", justifica João Paulo, que ainda este ano integrava o departamento de base do Leão. Opinião no blog iBahiaFC: "A resposta de Wilson"
Rufino bota fé em Gustavo e acredita que ele tem tudo para vingar a tradição dos bons goleiros revelados no clube. "Hoje a gente tem no profossional o Gustavo, que é um grande goleiro. Acredito que será um goleiro que vai jogar no Vitória. Acredito piamente nesse aleta", afirmou. Ainda de acordo com o preparador rubro-negro, o aproveitamento do jogador deve ser gradual, a partir de torneios como o Campeonato Baiano e Copa do Nordeste. Veja como está a classificação da Série A
"Não adianta pegar um garoto como esse e colocar para jogar o Brasileiro. Se tiver que entrar agora, se precisar dele, ele vai entrar e dar conta do recado. Acredito que ele está pronto. Mas para o atleta, é melhor que aconteça como o Dida, que disputou um regional e, quando entrou no Brasileiro, deu conta do recado. Eles crescem ao longo da temporada, não cresce no Brasileiro", afirma. "Minha opinião é que eles precisam jogar. Gustavo cumpriu todos seus estágios na base", completa.
Titular do Vitória em 2005, Felipe é bicampeão da Copa do Brasil. Ele atualmente está no Flamengo
João Paulo adianta que o clube tem planos de dar mais oportunidades ao camisa 1 a partir da próxima temporada. Porém, existe também há possibilidade de empréstimo para que ele tenha mais chances de jogar. "Renovamos o contrato dele e é uma possibilidade".
Menos espaço - Apesar das apostas em Gustavo e em outros jovens da base, o Vitória contratou recentemente o goleiro paraguaio Júnior Gatito Fernández, que tem 26 anos e pode adiar ainda mais os planos para as promessas do Leão. Por enquanto, Gustavo segue sendo relacionado para os jogos coomo o reserva de Wilson. Só que Gatito chegou justamente para fazer sombra ao camisa 1. Enquanto isso, os bons goleiros da base aguardam o momento para abandonar o status de promessa.
Gatito Fernández já começou a treinar na Toca do Leão e espera chance de estrear

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