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O campeão leva R$ 4,6 mil e há premiação até o 25º |
Antes de qualquer gracinha com o título, procure entender o que a Superliga Brasil de Motocross representa para Alex "Braminha" Sampaio. O piloto baiano, campeão estadual de motocross em 2010, terá pela primeira vez a chance de pilotar na Superliga, maior evento da modalidade atualmente no país. Vai correr avulso junto dos melhores pilotos e equipes, e um bom resultado pode ser o cartão de visitas para um futuro como piloto profissional. Sábado os treinos começam às 10h e as provas às 16h, no Aeroclube. Para ele, a Superliga é como um baile, onde o príncipe, no caso, uma grande equipe, poderá escolher sua princesa. O sapatinho de cristal pode ser a moto, embora, perto dos seus competidores, o sapatinho de Braminha esteja mais para uma botina, pesada e sem glamour. Pra completar a metáfora, basta dizer que, no caso de um mau desempenho, a carruagem, ou a moto, vira abóbora.Ceasa Pra manter vivo o sonho de correr por uma grande equipe, Braminha disputa, com regularidade e boas colocações, provas em Sergipe, Pernambuco e Minas Gerais, nada mais distante que isso. De segunda a sexta, acorda 5h pra ir buscar, na Ceasa de Simões Filho, as verduras que vende na quitanda que possui em Mussurunga.Os treinos acontecem na escola de pilotagem de Luca Proethe, na estrada Cia-Aeroporto. Luca é ex-piloto e responde pelo acerto da moto de Braminha. Outro ex-piloto, Bacalhau, apoia com peças e acessórios. Pra cobrir as despesas com a moto e as viagens, Braminha conta apenas com as premiações das provas. "Quando chego atrás do oitavo não tem premiação e tenho que pedir emprestado", conta o piloto, que se orgulha de já ter vencido o campeão brasileiro Pipo Castro numa prova em Jequié.Na Superliga, o campeão leva R$ 4,6 mil e há premiação até o 25º colocado na categoria MX Pro, que Braminha disputa. Se chegar entre os cinco prim eiros, ele garante, no mínimo, R$ 1,5 mil e vai poder quitar a moto de R$ 32 mil que comprou só pra competir.