Tricolor repete erros da temporada 2013; veja comparação

O final das campanhas do Bahia na Copa do Nordeste em 2013 e 2014 foi o mesmo: eliminação na primeira fase. No entanto, uma análise do time treinado por Marquinhos Santos permite dizer que, ao menos, as perspectivas para o resto do semestre (e do ano) não são tão ruins como em 2013. Ainda assim, o novo Bahia repete erros do velho Bahia. Repará-los é fundamental para que não se repitam, nesta temporada, os fiascos no Campeonato Baiano, na Copa do Brasil e no Brasileiro. Em 2013, o Bahia foi eliminado com oito pontos, dois a menos que neste ano. A equipe tinha a base do Campeonato Brasileiro de 2012 e o mesmo treinador, Jorginho, o que sugeria um time mais entrosado que o atual. Apesar de ter vencido dois dos três primeiros confrontos, num grupo, teoricamente, mais complicado que o deste ano (com Ceará, ABC e Itabaiana), o time não apresentou bom futebol em nenhum momento. Eram oito contratados até o fim da Copa e nenhum deles era titular. Apenas o zagueiro Brinner e o atacante Thuram atuaram.

Souza: retrato da decepção na temporada 2013	O atacante Hugo ainda não mostrou a que veio

Camisa 9 - Neste ano, foram 14 contratações e um novo técnico. Dessas, quatro são titulares: Guilherme, Pittoni, Rhayner e Maxi. Os garotos Talisca e Madson ganharam confiança e mostram evolução em relação a 2013. A equipe teve momentos de bom futebol. No entanto, dois contratados (Serjão e Jonathan Reis) já deixaram o clube. Outros têm qualidade questionável e acabam tirando espaço de atletas da base. A defesa esteve abaixo do esperado, e o time carece de um centroavante para melhorar o desempenho ofensivo. Ao menos, o Bahia de 2014 parece ter o apoio do seu torcedor. A esperança persiste.

Erros de 2013

Erros de 2014

Ataque e defesa: Em 2013, o Bahia marcou menos gols do que este ano. Foram apenas seis em seis jogos, média de um por jogo. O então centroavante Souza marcou só um gol. A defesa tomou a mesma quantidade de gols deste ano: oito. Desempenho em campo: A eliminação do ano passado foi justa. O time não jogou nada e o único atleta que destoou foi Ryder. A organização tática já mostrava que as perspectivas para o resto do ano não eram boas. Deu no que deu: goleadas para o Vitória no Baiano e luta para não cair na Série A. Aproveitamento da base: Jussandro, Talisca, Ítalo Melo e Ryder jogaram quase todas as partidas, mas só o último (que tinha apenas seis meses de base no clube) rendeu algo. Talisca era muito verde e Jussandro passou despercebido. Apoio do torcedor: Os torcedores protestavam em Pituaçu e chegaram a dar as costas ao time na derrota por 3x0 para o ABC. O então presidente Marcelo Filho já tinha que lidar com denúncias sobre sua gestão.

Ataque e defesa: Um gol a mais que em 2013 não é uma melhora significativa. Ao menos, mais atacantes marcaram: Rhayner (2) e Rafinha. A defesa manteve a média ruim e levou oito gols, quatro deles do CSA, e cometeu erros individuais. Desempenho em campo: O Bahia teve alguns momentos de bom futebol, apesar da eliminação. O meio-campo com Pittoni e Talisca parece que vai se encontrar, e Rhayner e Maxi têm agradado. As laterais melhoraram, mas a marcação e o desempenho físico decepcionam. Aproveitamento da base: Um mérito de Marquinhos Santos é ter dado confiança a Madson e Talisca e feito ambos crescerem em campo. Zé Roberto deixou boa impressão. Mas segue a sina de tirar espaço de garotos em prol de contratações questionáveis. Apoio do torcedor: Mesmo com a eliminação, o torcedor continua se associando ao clube e ajudando financeiramente. O número de sócios saltou de 600 para 20 mil. Apesar disso, as vaias já ecoam.

Matéria original: Jornal Correio* Abre o olho: Bahia insiste em erros de 2013