Um tribunal de Barcelona absolveu nesta terça-feira (13) Neymar e outros réus em um caso de fraude e corrupção sobre sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013. Antes, os promotores já tinham retirado todas as acusações no julgamento de alto nível.
A ação foi movida pela empresa de investimentos brasileira DIS, dona de 40% dos direitos de Neymar quando ele estava no Santos. O brasileiro foi vendido ao clube catalão em maio de 2013, por 17,1 milhões de euros. Diante disso, a empresa recebeu 6,85 milhões de euros.
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No entanto, mais tarde, o próprio Barcelona revelou que a transação custou 57 milhões de euros. A diferença de quase 40 milhões de euros foi paga à empresa N&N (sigla para Neymar e Nadine, pais do jogador).
A revelação deu início a uma batalha judicial. Posteriormente, uma investigação constatou que o total da transação foi ainda maior: 86,2 milhões de euros.
Nesse valor estavam embutidos pagamentos por amistosos a serem disputados por Barcelona e Santos, direito de preferência por jovens atletas da base santista, acordos entre o Barcelona e a Fundação Instituto Neymar Jr, direitos de imagem, luvas para Neymar e comissões para agentes.
A DIS argumenta que manobras foram feitas para reduzir o valor da fatia da empresa no negócio. A DIS comprou 40% dos direitos de Neymar em 2009, quando ele tinha 17 anos, por 2 milhões de euros. Caso a negociação entre os dois clubes – sem os outros contratos – tivesse sido fechada em 86,2 milhões de euros, a empresa teria faturado 34,5 milhões de euros.
O jogador, os pais deles e os dirigentes do Barcelona são acusados de “corrupção privada”, um crime que só passou a existir na Espanha em 2014. E que até hoje não existe no Código Penal Brasileiro – o que é a principal linha de defesa de Neymar.
Em outubro, o promotor Luis Garcia Canton pediu ao tribunal de Barcelona que absolvesse todos os réus, pois "não havia o menor indício de crime".
Além de Neymar, os ex-presidentes do Barcelona envolvidos na acusação, assim como seu pai e sua mãe foram inocentados no caso.
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Redação iBahia
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