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Tite: "difícil quantificar quantos estarão na seleção principal"

O treinador da Seleção Brasileira principal esteve presente à Granja Comary e disse que Neymar não pode ser tão importante quanto a qualidade do grupo

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Redação iBahia

20/07/2016 às 20:07 • Atualizada em 28/08/2022 às 3:00 - há XX semanas
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Técnico da Seleção Brasileira principal, Tite visitou nesta quarta-feira (20) a Granja Comary. O comandante chegou na parte da manhã em Teresópolis junto do coordenador Edu Gaspar, falou com os jogadores, com o técnico da Seleção Olímpica Rogério Micale e concedeu entrevista coletiva.Antes de Tite falar, Edu Gaspar divulgou por completo os nomes da comissão técnica da Seleção principal e explicou o motivo da escolha de cada um: Tite (técnico); Cleber Xavier e Sylvinho (auxiliares-técnicos); Matheus Bacchi (auxiliar-técnico e tecnológico); Fábio Mahseredjian (preparador físico); Taffarel (preparador de goleiros); Rodrigo Lasmar (médico). Entre as respostas, Tite falou sobre a sensação de chegar pela primeira vez à Granja Comary, como vê a Seleção Olímpica e suas primeiras impressões."Eu não imaginava estar aqui, não coloco etapas e sonhos, sempre procurei fazer meu melhor. Estou me ambientando, caminhei, tive contato com atletas e profissionais, é um primeiro passo de ambientação. É difícil quantificar quantos daqui estarão na seleção principal, meu compromisso é acompanhar performance dos atletas: parte técnica individual, função que exercem nos clubes, eu tenho que saber, por isso a conversa com os técnicos.Não dá pra tirar a responsabilidade, então não assuma comando e não seja atleta de alto nível. Nunca ouvi técnico falar que veio pra ser campeão, isso é clichê, temos que ter preparação de excelência. Assegurar medalha ou título não existe, isso é vender ilusão, mas se comprometer a fazer a melhor preparação possível. Aí é cobrança, exigência, nível de conhecimento, experiência".Sobre Neymar"Na conversa no almoço, eu disse que enfrentei muitos, é o caso do Neymar, sabia dos enfrentamentos no Santos, agora é estreitar laços, como com tantos outros. Uma coisa é certa como ideia, o coletivo potencializa individual, e não o inverso. Neymar falou do Matheus, que acompanhou no Barcelona, eu desejei felicidades, como ao Gabriel, ao Prass, aos outros todosReitero o discurso do Dunga e do Mano porque acredito que o coletivo potencializa o individual, é desumano colocar responsabilidade em um atleta. Exemplifico: a Eurocopa nos mostrou que a saída do Cristiano Ronaldo não tirou a possibilidade de Portugal conquistar. A Copa América, com Messi, determinou que a Argentina fosse campeã. É desumano colocar num atleta que tudo de bom seja dele.A responsabilidade é do técnico, dos outros integrantes que têm que ser protagonistas em algumas circunstâncias, senão é uma situação desumana apontando que ele é o cara. Em alguns momentos será individualidade, e pode até ser do Neymar, mas terá de ser de outros também".Opinião sobre Seleção Olímpica"Conversei com Micale, e quero traduzir a ideia dele e minha também: equilíbrio eu consigo entender importante, não só defensiva ou ofensiva (...) Eu como técnico coloco bom desempenho, e a consequência a medalha de ouro. Às vezes você faz um grande trabalho e não conquista. Micale tem, não estou o respaldando, mas um cara do lado que ele pode trocara ideias de treinamentos, formatação tática, de acompanhamento, como estamos fazendo, como conversamos com o grupo todo.Minha presença com o Micale, a direção, é dizer que estamos juntos, senso de equipe é nossa, precisamos dividir responsabilidades. Estamos comprometidos, estarei observando e acompanhando, dentro do meu conhecimento, preparação, lado humano e técnico, serei parceiro, dentro da necessidade que o Micale entender ser importante. Não querendo se fazer de bonzinho e dar piu na convocação".Comparações entre Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada"Legado da seleção olímpica é bom desempenho sem se preocupar em modificar histórias passadas, boas ou ruins. Não podemos ter esse grau de responsabilidade. Não posso nem o Micale trazer situações passadas. Tem histórias, méritos, coisas boas e ruins, agora vamos construir nossa própria história. São 12 jogos em busca do Mundial e um trabalho para tentar a medalha de ouro".Opinião a respeito do Campeonato Brasileiro"A busca de mais tempo de bola rolando é importante, o Brasileirão à medida que rodadas passam, teremos real dimensão da evolução e normalmente no último quarto do campeonato as equipes estão em melhor condição. O segundo turno tem equipes mais estruturadas, o futebol melhora, elas despontam e mostram real potencial. O entrosamento evolui. Essa é a minha expectativa. Há o aspecto critério do contato físico, critério padronizado de arbitragem, deixar seguir o contato por cima. Tomara que a fluência aconteça e que o tempo de bola rolando possa ser maior. Tenho certeza que o Brasileirão vai crescer nessa segunda fase".A respeito do ânimo dos torcedores e elogios da imprensa"Uma coisa é certa, estou fazendo isso de forma verdadeira, não quero ser simpático com ninguém, quem convive no meu dia sabe que sou assim. Não procuro simular, é difícil estar aqui na Granja, na primeira entrevista, ter naturalidade e raciocínio para desenvolver o que penso, mas eu sou assim. É legal ter o carinho público, e se isso for repassado ao trabalho todo, tomara que sim. Não (fiz muitos amigos novos em 30 dias), porque amigo não se faz em 30 dias, é uma construção, amigo fala a coisa certa, mas tem discernimento de falar 'não' em algumas situações. Precisa de mais tempo".

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