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"Sí, se puede!": 5 motivos para tentar explicar zebra Costa Rica

Sensação da Copa do Mundo até aqui, time foi a maior surpresa entre os que avançaram para a fase de oitavas

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27/06/2014 às 11:18 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:04 - há XX semanas
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Nenhuma seleção surpreendeu mais na primeira fase da Copa do Mundo do que a Costa Rica. Sorteada para o Grupo D, considerado o Grupo da Morte deste mundial, os costarriquenos não foram nem de perto o "saco de pancadas" que todos esperavam. Sem nenhuma derrota, avançou em primeiro lugar em uma chave que reuniu três campeões mundiais: Uruguai, Itália e Inglaterra. Classificada para as oitavas de final, com sete pontos, quatro gols marcados e apenas um sofrido, o time que abusa da velocidade no contra-ataque e se denfende com uma linha de cinco agora sente o gosto do favoritismo. No domingo (29), às 17h, a Costa Rica encara a Grécia, no Recife. O time europeu se classificou com dificuldades e os costarriquenhos agora são a sensação da Copa do Mundo.
Reunimos aqui cinco motivos para tentar explicar essa zebra:
- Menosprezo geral
Quando alguém é provocado ou menosprezado a primeira reação é tentar dar uma resposta, reagir de alguma forma. Praticamente ninguém acreditava na classificação da Costa Rica à segunda fase da Copa do Mundo, principalmente pela tradição dos rivais na chave. Até o povo costarriquenho se supreende com a campanha do time nacional. O atacante Mario Balotelli, da Itália, admitiu que não conhecia o time adversário. Essa falta de crença geral foi uma das grandes motivações do time da América Central. O técnico Jorge Luis Pinto usou esse argumento para aumentar o ânimo do grupo antes do Mundial.
- Começo com o pé direito
Vencer o favorito Uruguai na primeira rodada aumentou a fé costarriquenha. A vitória maiúscula por 3 a 1 foi comemorada como um título pelo time inteiro. A zebra nascia diante de um bicampeão mundial e mostrava que a Costa Rica tem seu valor, com um time aplicado taticamente e o talento do atacante Joel Campbell.
- Nada a perder
Se a Costa Rica fosse eliminada na primeira fase, poucos lamentariam. Seria o curso natural das coisas, pois Uruguai, Itália e Inglaterra eram favoritas. Mas no futebol as coisas são imprevisíveis. Sem medo, o time costarriquenho atacou Uruguai e Itália e se poupou contra a já eliminada Inglaterra. Atuou como time grande, partindo para cima, na maior parte da primeira fase.
- "Fragilidade" dos rivais e estudo
Uruguai, Itália e Inglaterra eram consideradas favoritas na chave pela tradição. Nenhuma das três seleções vinha apresentando um grande futebol. Os uruguaios lutam bastante, mas a geração envelhecida que brilhou na Copa de 2010 não veio com poderio para repetir a dose. A Itália de Cesare Prandelli não encaixou. Um futebol pragmático, que por vezes parecia encontrar um caminho, não se consumou. O talento de Balotelli e a experiência de Pirlo não pesaram. Já os ingleses... Bom, inventaram o jogo, mas têm uma história bem discreta nos mundiais, apesar do título de 1966. Aliado a tudo isso, a Costa Rica se preparou durante seis meses para a chave, estudou os rivais, enquanto os demais a desprezaram.
- Temperatura
Os europeus reclamaram bastante da temperatura de algumas sub-sedes da Copa do Mundo de 2014. Mais do que isso, dos jogos marcados para começar às 13h. Aos costarriquenhos, nada de reclamação. Afinal, aqui eles se sentem praticamente em casa. Os jogadores afirmaram que usariam o trunfo que é o "calor" contra a Itália e fizeram isso, em partida que foi disputada na Arena Pernambuco, começando às 13h de uma sexta-feira, dia 20.

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