Sem protesto, faixas ou afagos. O retorno da delegação do Bahia para Salvador após a última rodada do Brasileirão foi apagado e triste, como o rebaixamento à Série B. Os três seguranças à paisana nem precisaram trabalhar. O aeroporto até estava movimentado ontem, no feriado em homenagem a Nossa Senhora da Conceição da Praia, mas o vai vém era de turistas.
As feições fechadas dos jogadores condiziam com o momento do clube. Aos 19 anos, Rômulo encarou os microfones para falar da sua primeira decepção como atleta profissional. "Eu sou jogador do Bahia, mas também sou torcedor. Estou chateado, triste, chorei, mas o Bahia é grande o suficiente para se reerguer", afirmou o meia.
Rômulo ganhou espaço com Charles, assumiu a titularidade nas duas últimas rodadas do Brasileirão e marcou seu primeiro gol como profissional domingo. Foi um dos cinco atletas da base que entraram em campo para defender o Bahia na última rodada. Além dele, também jogaram Bruno Paulista, Feijão, Jeam e Jacó. Todos têm contrato e estarão à disposição em 2015. "A base do Bahia vem mostrando que pode dar resultados. Vamos esperar agora as eleições, ver quem vai ganhar pra presidente, para montar um bom elenco, fazer uma boa campanha e subir novamente", disse Rômulo.
Ele foi um dos sete atletas que desembarcaram em Salvador, ao lado de Douglas Pires, Lucas Fonseca, Adailton, Pará, Jeam e Feijão. Liberados, os outros 13 atletas relacionados para a última rodada da Série A seguiram direto de Curitiba para visitar familiares e amigos. O atacante Jacó viajou a Porto Alegre para defender a equipe no Brasileiro sub-20, que ontem empatou com a Portuguesa por 1x1.
‘NEM ESTÃO NO BRASIL’: Sem citar nomes, presidente endossa discurso de Charles
O presidente Fernando Schmidt, que chegou a Salvador em um voo diferente dos atletas, falou sobre os jogadores que simularam lesão para não jogar as rodadas finais da Série A. "Charles é a pessoa mais indicada para falar sobre isso, até porque alguns nem no Brasil mais estão", insinuou Schmidt, praticamente confirmando os argentinos Emanuel e Maxi Biancucchi no caso. "Eu disse apenas que estavam fora do Brasil", disse à TV Bahia. Os irmãos já estavam na Argentina enquanto o Bahia enfrentava o Coritiba. "Uma coisa são os direitos que as pessoas têm, outra são direitos e nenhuma responsabilidade. Corpo mole, invenção de doenças, coisas que são tão subjetivas".
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