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Seleção e torcida baiana já estiveram em crise; relembre história

Na Copa América de 1989, em Salvador, torcida baiana se revoltou com o Brasil por causa do corte de Charles e não convocação de Bobô

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22/06/2013 às 11:17 • Atualizada em 27/08/2022 às 3:41 - há XX semanas
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Nos últimos 20 anos, a seleção brasileira jogou quatro vezes em Salvador. Foram três amistosos, esses na antiga Fonte Nova, e um jogo pelas eliminatórias da Copa de 2010, em Pituaçu. Antes dessas partidas, porém, o Brasil e a torcida baiana protagonizaram uma sólida relação de amor e ódio.Tudo ocorreu na Copa América de 1989, quando o Brasil foi sede do torneio. Nos três primeiros jogos da fase de grupos, a delegação brasileira estabeleceu-se em Salvador, uma das sub-sedes, e jogou na Fonte. Mas o então técnico Sebastião Lazaroni havia cortado o atacante Charles, campeão brasileiro pelo time baiano em fevereiro daquele ano.
O corte de Charles e a não convocação de Bobô, outro destaque do Bahia no campeonato brasileiro, revoltou a torcida baiana, sobretudo a tricolor. O Brasil estreou na Copa América 1989 contra a Venezuela e venceu por 3 a 1 (gols de Bebeto, Geovani e Baltazar) diante de 13 mil torcedores. Apesar do resultado, o time foi vaiado do início ao fim e também quando marcava os gols. O comportamento da torcida revoltou Bebeto, que também é baiano. "Independente de jogador, clube, tem que pensar na Seleção. Infelizmente, às vezes acontece o clubismo, como foi em 1989. Uma pena", disse ele, em entrevista recente ao globoesporte.com.Além da rixa com os torcedores baianos, vale lembrar que o Brasil voltava de uma excursão de quatro jogos na Europa cujos resultados foram desastrosos: derrotas para Suécia, Dinamarca e Suíça e um empate sem gols contra o Milan. Por isso, independentemente dos baianos, a equipe de Lazaroni já começou o torneio sob desconfiança. O segundo jogo na Fonte Nova foi contra o Peru. Empate em 0 a 0, para piorar a relação com a torcida na Bahia, com apenas oito mil torcedores no estádio. Um episódio resumiu a crise. Na saída dos vestiários, o atacante Renato Gaúcho, que depois viria a ser treinador do Bahia, foi atingido por um ovo. "A Bahia é terra de índio não aculturado", reclamou ele após o jogo, revoltado. A declaração agravou a crise, que piorou ainda mais após novo empate sem gols contra a Colômbia. Mudança de ares - A pressão contra foi tanta que o Brasil acabou mudando de sede. Foi para o Recife. Até mesmo porque corria o risco de ser eliminado precocemente do torneio, ainda na fase de grupos, e precisava do apoio da torcida. Contra o Paraguai, no Arruda, o Brasil já foi recebido por mais de 76 mil pessoas e venceu por 2 a 0. "Cada público tem o futebol que merece", disse Lazaroni após o jogo, alfinetando os baianos.
Com o moral elevado após a classificação, o Brasil jogou a segunda fase no Rio de Janeiro e venceu Argentina (2 a 0), Paraguai (3 a 0) e Uruguai (1 a 0) para se tornar campeão da Copa América de 1989. Depois disso, a Seleção voltou à Fonte Nova apenas em 1995 em amistoso contra o Uruguai e venceu por 2 a 0. Venceu, também em Salvador, o Equador (2 a 0), em 1997, e empatou com a Holanda (2 a 2), em 1999, ambos em amistosos. Em 2009, jogou pela última vez na capital baiano, mas em Pituaçu: 4 a 2 contra o Chile, pelas eliminatórias da Copa da África do Sul.

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