Primeiro campeão do UFC, o carioca Royce Gracie acredita que os lutadores da atualidade não teriam vida fácil no formato antigo evento, que completa 20 anos. Irmão do fundador Rorion Gracie, Royce lutava para mostrar a força do jiu-jítsu em uma época de regras e mistura de artes marciais quase inexistentes. Perguntado se teria dificuldades para lutar contra atletas da atual geração, ele rebateu.
"Você quer dizer que o Muhammad Ali não teria chance hoje? Que o Pelé não teria chance contra o Neymar? Eu queria é ver os caras de hoje lutarem como era antes. É muito difícil comparar tempos, mas ninguém luta hoje se não for do mesmo peso. Um quilo acima, e o rival não luta! Sem limite de tempo, com três lutas por noite, quero ver quem aguentaria", provocou Royce em entrevista ao portal Uol.
Atualmente com 46 anos, o filho de Hélio Gracie não faz críticas a campeões como Anderson Silva e Jon Jones. Longe disso, ele reconhece os talentos. "Esses caras são bons e por isso são os campeões. Não são apenas casca grossa, eles sabem usar a estratégia. Por isso parece fácil, eles sabem tirar os rivais dos jogos deles".
Campeão dos UFCs 1, 2 e 4, Royce Gracie lutou com a intenção de provar que o jiu-jítsu era a melhor arte marcial. Chegou a fazer lutas de mais de uma hora e enfrentou atletas com pesos muito diferentes do seu, algo impensáve atualmente. "Tenho muito orgulho de ter sido o primeiro campeão do UFC. Seria muito difícil alguém repetir aquilo e, como na segunda edição, vencer quatro lutas em uma noite. Hoje não é mais o que o meu irmão criou: ele queria descobrir o melhor estilo e, com o puro jiu-jítsu, ganhamos de todos os adversários. Sempre apoiei o Rorion, mas eles foram obrigados a aceitar as regras, ou o show não existiria hoje. Seria banido".
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