O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, em entrevista coletiva após o ataque que o ônibus da delegação sofreu na chegada à Fonte Nova, na noite de quinta-feira (25), antes da partida contra o Sampaio Correia, pela Copa do Nordeste, afirmou que houve um "atentado ao clube", que poderia ter causado uma tragédia, caso as bombas atingissem o motorista do ônibus.
"Neste momento, todos nós poderíamos estar transtornados, em choque, pela morte de 40 pessoas dentro de um ônibus. Felizmente, isso não aconteceu. E o que eu estou falando aqui não é uma projeção exagerada. Isso podia ter acontecido. O que a gente encara o fato de hoje é como um atentado ao clube, à nossa história, nossos atletas e à nossa torcida, que não faz parte desse pensamento que foi motivado por bandidos, por pessoas que devem ser presas", disse após a partida vencida por 2 a 0 pelo tricolor.
Bellintani é o principal alvo das críticas da torcida desde que o clube caiu para a Série B no final de 2021. Durante a coletiva, o presidente se defendeu, mas afirmou que entende a mágoa da torcida.
"Escorregamos, ferimos pessoas, trouxemos mágoas, reconhecemos isso, e estamos focados na missão de trazer de volta uma alegria que a torcida merece. É nossa responsabilidade, e estou indo atrás disso", ponderou.
"Não temos bandidos dentro do clube, vagabundo, não temos pessoas desonestas. Temos pessoas que foram incompetentes na gestão do futebol, e isso gerou rebaixamento, que é uma ferida enorme. E quando não temos vagabundos, desonestos, temos aqui torcedores, pessoas dedicadas e sérias. Tenho a humilde e a confiança de que, mesmo com tantos erros, vamos ser capazes de recuperar o clube. Se a torcida der apoio, estender um pouco a mão e nos dar uma trégua para que, juntos, a gente passe por um novo processo... A luta que temos em 2022... Tenho certeza de que as ações que vão acontecer, os resultados, todo o movimento que a gente vai fazer, vão tornar o Bahia mais competitivo e a gente vai ter resultado positivo no final de 2022", concluiu.
Feridos
O atentado ao ônibus do Bahia, nas imediações da Estação do Metrô de Brotas, próximo ao viaduto de Pitangueiras, deixou três jogadores do clube feridos: o goleiro Danilo Fernandes, o lateral-esquerdo Matheus Bahia e o atacante Marcelo Cirino. O caso de maior gravidade foi do goleiro, atingido por estilhaços próximo ao olho, no pescoço e na perna.
Danilo precisou ir para o hospital, onde foi internado e passou a noite. Até o fechado desta matéria, ele ainda não teve alta do Jorge Valente, na Garibaldi, em Salvador.
Em nota, A Arena Fonte Nova afirmou que repudia veementemente o ataque desferido ao ônibus do Esporte Clube Bahia e considerou o fato lamentável e reprovável. "Apesar do fato ter ocorrido fora do local do jogo, a Arena prestou toda a assistência necessária aos feridos com o acionamento dos brigadistas e de ambulância", diz o comunicado.
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Redação iBahia
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